Política

Presidenciais: E Marcelo estreou-se na campanha…

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 15-01-2021

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente e recandidato, fez hoje a sua primeira ação pública de campanha nas presidenciais, num dia em que outros candidatos andaram na rua junto de quem não pode confinar em tempo de pandemia.

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No primeiro dia de confinamento geral para tentar travar a epidemia de covid-19, que fez um recorde de mortes nas últimas 24 horas (159) e mais de 10 mil infetados, cada candidato andou pela estrada ao seu ritmo e a puxar pelo seu tema, dos problemas do interior (João Ferreira) à crítica às medidas de apoio à economia anunciadas pelo Governo (Tiago Mayan Gonçalves).

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Afastado dos microfones dos jornalistas há vários dias, Marcelo, candidato apoiado pelo PSD e CDS, falou de tudo um pouco e respondeu às perguntas durante mais de 30 minutos durante a visita a uma mercearia social, em Lisboa, que ajuda a população em tempos de crise.

Defendeu uma campanha “pela positiva”, e não pessoalizada, elogiou a adesão ao voto antecipado (mais de 246 mil pessoas), disse esperar que o confinamento não ultrapasse um mês e, fora dos temas de campanha, sem comentar “processos criminais em curso”, considerou importante que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o parlamento queiram apurar a vigilância policial a dois jornalistas que investigavam o caso e-toupeira.

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Quem saudou, com críticas à mistura, a entrada de Marcelo na campanha foi a socialista Ana Gomes, ao defender que o papel de “qualquer candidato, inclusivamente do incumbente, é sujeitar-se ao escrutínio” dos eleitores, e dizendo ter sido esse o exemplo de “anteriores presidentes, designadamente Mário Soares e Jorge Sampaio”.

Em pleno confinamento geral, e apesar de atividade política estar excluída dessa obrigação, alguns dos candidatos justificaram por que estavam na rua em campanha.

Ana Gomes, a socialista que concorre com o apoio do PAN e do Livre, disse ser sua obrigação “estar junto dos portugueses, “tanto os que estão em casa a confinar, como dos que têm de trabalhar”, durante uma visita a Matosinhos, onde esteve com presidente da Câmara, Luísa Salgueiro, do PS.

Mais a sul, em Coimbra, andou o comunista João Ferreira, que, manhã cedo, avisou que “não chega bater palmas” aos profissionais de saúde e avisou que o Presidente “não pode poupar esforços” na proteção dos seus direitos laborais e na defesa do Serviço Nacional de Saúde.

Para horas mais tarde, já em Vila Real, Trás-os-Montes, criticar os “chavões” repetidos cada vez que o país “é confrontado com as consequências” das assimetrias no território, considerando que o Presidente “não se pode desviar” dessa realidade.

Em Lisboa, Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda, voltou a acusou o Governo pela teimosia de só agora ter avançado com apoios devido à pandemia que rejeitou nas negociações orçamentais, admitindo como “muito provável” a necessidade de um orçamento retificativo.

E no dia em que dirigentes bloquistas – e Ana Gomes também – pintaram os lábios de vermelho nas redes sociais, em solidariedade com Marisa depois de André Ventura, do Chega, lhe ter lançado insultos, a própria comentou o assunto pela primeira vez: “O insulto que esse senhor fez às mulheres não diz nada sobre as mulheres, mas diz tudo sobre esse senhor. É só isso que tenho a dizer.”

Pela capital andou também Mayan Gonçalves, apoiado pela Iniciativa Liberal (IL), que, no primeiro dia de confinamento geral, voltou a atacar as medidas de apoio à economia decretadas pelo Governo, que “não são suficientes” por serem “praticamente mais do mesmo”.

“A fatura continua a ser paga pelos mesmos de sempre” e “a resposta aos pequenos empresários e aos cidadãos que estão confinados não está a ser dada”, disse.

Vitorino Silva não saiu hoje da sua terra, Rans, Penafiel, mas fez uma viagem virtual até Vila Real para participar no “IV Fórum Valorização do Interior: Chavão ou Ação?”, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Tino de Rans socorreu-se do passado para alertar para o problema presente do envelhecimento de Trás-os-Montes, que considerou ser culpa “dos políticos” do “Terreiro do Paço” que “querem que o interior pare no tempo”.

André Ventura regressa à campanha com um jantar/comício hoje à noite num hotel, em Viseu.

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