Coimbra

Preocupações com o DLBC marcam tomada de posse na ADIBER

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 31-01-2017

A tomada de posse dos novos Órgãos Sociais da ADIBER que ontem decorreu perante a presença de mais de meia centena de parceiros de toda a Região, entre os quais os Presidentes dos Municípios de Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Vereador do Município de Tábua e a Vice-Presidente da Federação Minha Terra, constitui-se, segundo esta entidade,  como um importante momento de confirmação da importância que a Associação assume no contexto da Beira Serra e de reconhecimento do trabalho de coesão e união que tem sido possível construir e dinamizar entre os agentes deste Território.

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Foi este agradecimento que Miguel Ventura começou por apresentar, envolvendo todos quantos o têm acompanhado, nomeadamente os Técnicos da Associação, que considera como o seu principal activo, sem os quais seria muito mais difícil concretizar os desafios que têm acolhido.

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O reeleito Presidente da Direcção, referiu-se aos tempos difíceis que têm marcado os últimos anos já que considerou:

Para uma Associação que assumiu liderar uma ampla Parceria regional e dinamizou a elaboração de uma Estratégia de Desenvolvimento Local para concretização de iniciativas e projectos essenciais para o futuro da Beira Serra, não é fácil trabalhar sem os recursos que lhe deveriam há muito estar alocados, os quais para além dos significativos e inexplicáveis cortes de que foram alvo, estão a sofrer um enorme atraso, com as consequências negativas e constrangedoras que daí advém#.

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O período de transição entre o QREN e o Portugal2020 é, sem dúvida, o mais complicado e doloroso de que nos recordamos.

 Está criado um ambiente de desconfiança e desmotivação entre os responsáveis das Entidades parceiras, mas também junto de todos os que criaram expectativas em obter ajudas para a resolução dos seus problemas ou para a concretização das suas ideias de negócio ou modernização dos seus equipamentos sociais ou culturais.

Apesar do optimismo e da capacidade de resiliência que sempre nos acompanhou e temos evidenciado, tememos começar a esmorecer face aos permanentes obstáculos que nos são colocados e à ausência de uma visão partilhada e aberta da parte de quem tem responsabilidades em definir a regulamentação dos Programas nos quais se suportam as referidas Estratégias, nomeadamente o DLBC, os quais têm de considerar as especificidades de cada Território, para que os impactos e os resultados a alcançar estejam de acordo com os objectivos identificados pelas Parcerias locais.

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Deste desconforto temos dado nota às diferentes Autoridades de Gestão e a outros responsáveis, de forma directa ou no âmbito da Federação Minha Terra, identificando os perigos e as dificuldades associadas a algumas das opções que estão a ser tomadas, e formulando propostas concretas e facilitadoras da implementação das várias Medidas em causa, no sentido de as adequar às diferentes realidades locais e, assim, ajudarem à construção de um futuro melhor para estes Territórios.

Não podemos aceitar que o relevantepatrimónio conquistado em 25 anos de Abordagem LEADER possa ser delapidado e não seja rentabilizado em favor do desenvolvimento económico, social e cultural de Territórios, que necessitam, mais do que nunca, de um olhar sério e honesto para as oportunidades e para o potencial que têm para oferecer.

Não são necessários novos actores nos Territórios. Apenas se exige confiança no trabalho dos GAL, traduzida na manutenção das condições de autonomia de decisão e de gestão de quem tem uma experiência acumulada, competências reconhecidas, proximidade e disponibilidade permanente e já foi capaz de demonstrar junto das Autoridades locais, regionais, nacionais e europeias a sua capacidade de concretização, em benefício de comunidades locais.

Como afirmei há precisamente um ano em Ponte de Sôr, o LEADER é também um espaço de Solidariedades e os GAL são a voz dos que não têm voz. Por isso, queremos e temos o dever de ser parte da coesão e do desenvolvimento de Portugal!

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Aproveitando a presença dos responsáveis Autárquicos, Miguel Ventura lançou o repto de que os Municípios passem a integrar a ADIBER como Associados de pleno direito, no que se constituirá como o corolário e uma evolução natural em relação à parceria já existente,formalizando o vínculo que há muito já os une à ADIBER, garantindo o reforço da capacidade reivindicativa Associação.

Das intervenções de José Carlos Alexandrino, Ricardo Alves, Lurdes Castanheira e Ricardo Cruz, foi consensual a referência ao trabalho positivo que tem vindo a ser desenvolvido pela ADIBER e a relevância que o mesmo representa para toda a Região que necessita de estar unida para poder trilhar o caminho do desenvolvimento e de progresso que a mesma merece, pelo que estão disponíveis para reforçar o apoio a esta Associação, vincando ainda nas suas intervenções a preocupação pelos atrasos decorrentes da entrada em vigor de alguns Programas do Portugal 2020, e da regulamentação das Medidas de apoio às micro-empresas que poderá não ser a mais adequada à realidade dos Territórios rurais.

Carlos Castanheira encerrou a sessão, com palavras de incentivo e motivação para os desafios que a ADIBER tem pela frente, referindo que o sucesso da Associação se confundirá com os êxitos da própria Região da Beira Serra.

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