Um díptico de peças de Simon Stephens: “Águas Profundas” e “Terminal de Aeroporto”, ambas com encenação de Nuno M Cardoso, regressa esta quarta-feira, dia 6 de abril, às 21:30, ao Teatro Académico de Gil Vicente com um novo texto numa abordagem contemporânea que o TAGV tem mantido nas últimas Temporadas.
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Depois da estreia absoluta no Teatro Nacional S. João, Porto, Nuno M Cardoso volta a apresentar um novo trabalho em Coimbra: ambas a partir dos textos do autor inglês Simon Stephens, mas histórias, elencos, cenografia, música diferentes: “Águas Profundas + Terminal de Aeroporto”, confronta-nos com a linguagem precisa, dura e amarga do dramaturgo britânico Simon Stephens.
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Situadas nas imediações de um aeroporto, as duas peças tratam de formas diferentes de amor e perda, devolvendo-nos experiências de vida numa cidade onde se chega, se espera ou se parte. Um díptico sobre relações e decisões, a desolação sem a esperança e a fuga.
“Wastwater”, título original de “Águas Profundas” (2011), é o nome de um lago profundo e sombrio situado a poucos quilómetros de Heathrow, metáfora da escuridão e convulsão de um mundo só na aparência calmo, habitado por seis personagens apanhadas num momento crítico.
“Terminal de Aeroporto”, a segunda peça deste espetáculo, é um monólogo com Rita Brütt. Em “Terminal de Aeroporto” (2010), uma mulher assiste impotente ao esfaqueamento de um adolescente; numa viagem de Metro a caminho do aeroporto, lida com as consequências dessa culpa. Pessoas e quotidianos banais transtornados por situações-limite.
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As peças contam com a interpretação de Albano Jerónimo, António Durães, Íris Cayatte, Maria João Luís, Olinda Favas, Pedro Almendra e Ana Príncipe, o próprio Nuno M Cardoso, em Águas Profundas; e o monólogo de Rita Brütt, em Terminal de Aeroporto, com banda sonora de David Santos (Noiserv).
Nuno M Cardoso traz então a reflexão sobre o amor e perda, através de histórias que abordam a pornografia, a toxicodependência, a adoção, a traição conjugal e a morte, num espetáculo único que une das duas peças, inspiradas em textos de Simon Stephens.
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