Coimbra

Poiares aplaude ligação ao IP3 mas não dispensa conclusão da A13

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-01-2019

O presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares disse hoje estar satisfeito com a inclusão no programa de investimentos da ligação do seu concelho e da Lousã ao IP3, mas alertou que isso não dispensa a conclusão da A13.

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O Governo incluiu a proposta das câmaras de Vila Nova de Poiares e da Lousã, no distrito de Coimbra, visando a ligação da zona a sul do IP3 (itinerário principal que liga Coimbra a Viseu) no Programa Nacional de Investimento (PNI) 2030, atribuindo-lhe 80 milhões de euros, decisão que deixa “satisfeito” o presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, João Miguel Henriques.

A proposta das duas autarquias, que foi subscrita pelos 19 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra (Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure e Tábua, para além daqueles dois), foi apresentada ao Governo durante o período de consulta do PNI.

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A futura ligação, que não servirá diretamente apenas Poiares e Lousã, mas também outros municípios da região, como Miranda do Corvo e Góis (igualmente no distrito de Coimbra), constitui como que “uma alternativa ao adiamento” da continuação da autoestrada entre Tomar e Coimbra (A13) até Viseu, mas não pode ser encarada “em prejuízo” da construção desta via, disse hoje à agência Lusa João Miguel Henriques.

A existência de uma autoestrada ou via com perfil de autoestrada entre Coimbra e Viseu é essencial para estas duas cidades e região, sublinha o autarca, defendendo que o respetivo traçado adote a área a sul do IP3, designadamente dos municípios de Vila Nova de Poiares e da Lousã.

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Esta solução para ligar a A13 ao IP3, entre Ceira (Coimbra) e a zona da Barragem da Aguieira, além de ser a que melhor responde às necessidades da região, “é a mais vantajosa”, a diversos níveis, sustenta o presidente da Câmara de Poiares, lamentando, por outro lado, que o projeto de requalificação do IP3 entre Coimbra e Viseu (envolvendo custos superiores a 130 milhões de euros) só contemple a duplicação da via em cerca de 85% do trajeto.

A empreitada de requalificação do primeiro troço do IP3, entre os nós de Penacova e Lagoa Azul, foi lançada em julho de 2018, ocasião em que também foi aberto o concurso para a duplicação da via entre os nós de Souselas e Penacova e da Lagoa Azul e Viseu (A25).

Seja como for, a ligação entre a área de Poiares e da Lousã e o IP3 “é muito importante” e merece o aplauso de João Miguel Henriques, que, no entanto, só ficará “realmente satisfeito” quando a obra, que ainda carece de estudos e projetos, “estiver totalmente concluída”.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares admite que o projeto da futura via se possa apoiar nalguns dos planos já feitos, pela Infraestruturas de Portugal, no âmbito dos estudos para a conclusão da A13, adotando, como uma das possibilidades, a travessia da zona de Poiares e Lousã.

O PNI tem previsto aplicar 21.950 milhões de euros em projetos nas áreas dos transportes, energia e ambiente, de acordo com o documento que foi hoje entregue pelo Governo na Assembleia da República.

Este documento, a que a Lusa teve acesso, detalha que em causa estão 72 programas e projetos, com a área dos transportes e mobilidade a ser a que recebe a maior fatia, com 12.678 milhões de euros, para um total de 44 projetos, que representam 58% do investimento.

Segue-se a energia, com 4.930 milhões de euros, que deverão ser alocados a oito projetos, constituindo 23% do financiamento. O ambiente receberá 3.570 milhões de euros para 18 empreendimentos, 16% do total.

A rodovia terá um investimento de 1.625 milhões de euros, destacando-se vários programas de segurança rodoviária e de construção de alargamentos e aumentos de capacidade.

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