Coimbra

Pescas tu ou como eu?

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 05-12-2013

O investigador britânico Stephen Votier defendeu hoje, em Coimbra, que as políticas europeias de pesca previstas para 2015 poderão ter efeitos positivos nas comunidades de aves marinhas, ao aplicar restrições contra o desperdício de peixe.

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A União Europeia vai aplicar, a partir de 2015, uma proibição gradual dos despejos de capturas não desejadas, tendo esta política “um efeito positivo a longo prazo” para as aves marinhas, apesar de “um efeito a curto prazo negativo”, referiu Stephen Votier.

Esse efeito negativo pode-se traduzir na diminuição de alimento para as aves marinhas e em “mudanças das presas de algumas das aves”, assim como num “aumento de aves capturadas” durante a pesca, avançou Stephen Votier, durante a sua palestra no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

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Apesar dessa observação a curto prazo, o investigador considerou que, a longo prazo, haverá uma diminuição da captura de aves no processo pesqueiro, que neste momento se fixa “entre as 160 mil a 320 mil aves marinhas” apanhadas pela frota pesqueira.

Stephen Votier sublinhou que a política europeia prevista “pode garantir uma pesca sustentável”, depois de esta ter “constantemente falhado”, com ‘stocks’ de peixe pescados em demasia. São desperdiçadas, disse, 7,3 milhões de toneladas de peixe por ano.

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O excesso é normalmente despejado pelas frotas pesqueiras, que “influenciaram as rotinas e movimentos das aves marinhas”, alteraram a dieta de algumas aves, como os moleiros, que se alimentam de outras aves marinhas, registando-se um “declínio de algumas populações”.

Esta alteração de políticas no setor das pescas poderá também ser “benéfica para a biodiversidade” da população de aves marinhas, defendeu o investigador.

A palestra foi realizada no âmbito da comemoração dos sete anos de Museu da Ciência.

 

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