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PCP exige a conclusão urgente da Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 13-06-2013

Grupo Parlamentar do PCP preocupado com a Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego. Comunistas apresentaram projecto de resolução na Assembleia da República, exigindo:

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A concretização urgente das obras de engenharia hidroagrícola e de  emparcelamento do Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego, integrando-a numa  política agrícola que desenvolva as potencialidades da região e que defenda a  produção nacional;
A fixação de um calendário que envolva a totalidade das obras necessárias, e  que preveja a sua conclusão, no prazo de cinco anos;
A dotação através de financiamento público das verbas adequadas às  necessidades da conclusão da Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego;
A salvaguarda e garantia da gestão pública da Obra Hidroagrícola do Baixo  Mondego com a participação das organizações representativas dos  agricultores;
A realização de um estudo sobre as potencialidades agrícolas do Vale do  Mondego, como instrumento para definição de uma estratégia de  desenvolvimento que deverá estar traçada aquando da conclusão das obras.
O PCP recorda que “há mais de 30 anos que os orizicultores e todos os agricultores do Baixo Mondego travam uma justíssima luta pela conclusão da obra hidroagrícola com vista à implementação do emparcelamento, de obras de rega e drenagem nos vales dos rios  Arunca, Ega e Pranto, alargamento das obras aos vales secundários dos rios Arunca,  Pranto, Arzila, Ega, Anços, Foja e ribeira de Ançã, para estabilização dos terrenos.
Esta é uma região rica nas produções de arroz e milho com grande impacto na  economia local e na vida destas populações dos concelhos de Montemor-o-Velho,  Figueira da Foz, Coimbra, Soure e Condeixa-a-Nova, num total de 12.337 hectares,  conforme Despacho nº 7809/2010, de 4 de Maio, do Secretário de Estado das Florestas  e do Desenvolvimento Rural.
A conclusão das obras de Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo Mondego arrasta-se  há mais de 30 anos e apesar das visitas regulares de Ministros e Secretários de Estado  dos sucessivos governos do PS, PSD e CDS, com reiteradas promessas, o certo é que a obra avança não conhece conclusão.
Já em 2008, Jaime Silva (anterior ministro do Governo PS) afirmava que era necessário  aproveitar o atual Quadro Comunitário de Apoio para disponibilizar o dinheiro (50 milhões de euros) necessário para acabar o projeto hidroagrícola do Baixo Mondego, prometendo que o projeto ficaria concluído dentro de “cinco anos”, para colocar água  onde ainda não existia e “continuar o emparcelamento”.
Em 2011 António Serrano (anterior ministro do Governo PS), se dizia “empenhado na  conclusão da obra hidroagrícola do Mondego”, adiantando que estavam em curso 3  projetos no valor de 40 milhões de euros, para infraestruturas que facilitassem o
emparcelamento: canais de rega e drenagem.
Já sob responsabilidade do atual Governo PSD/CDS a Ministra da Agricultura Assunção  Cristas, a 26 de Março de 2013, numa visita ao Baixo Mondego, já atirava para o  próximo Quadro Estratégico Comunitário (QEC) a realização das obras nos vales dos  rios Arunca (1384 ha), Ega (720 ha) e Pranto (4168 ha), num total de 4168 ha, cuja conclusão apontava para 2020, enquanto anunciava um investimento de 40 milhões de  euros para as obras do Aproveitamento Hidroagrícola de todo o vale central do Baixo  Mondego. Para além da protelação da obra, relativamente ao Bloco de Quada e Lares  no Vale Principal o Governo nada define como objetivo de intervenção.
As obras de desenvolvimento dos Blocos de Maiorca (510 ha), Bolão (345 ha) e  Margem Esquerda do Vale Central (465), com rega, caminhos e enxugo, avançam  lentamente, com mais uma promessa da Ministra de que irão ficar concluídas, agora, até 2015.
O adiamento da conclusão do emparcelamento do Baixo Mondego tem tido consequências negativas na produção agrícola e na sobrevivência dos agricultores e  suas famílias.
Este projeto é de grande importância para uma região rica nas produções de arroz e  milho. Estas produções representam enormes potencialidades agrícolas do Baixo  Mondego, como o comprova a qualidade do seu arroz, mas também as  potencialidades da sua horticultura ou a qualidade das suas searas de milho.
O PCP considera determinante o financiamento público através de verbas adequadas  às necessidades da conclusão da obra, bem como a sua gestão pública e a participação  das organizações representativas dos agricultores.
É urgente a concretização das obras de engenharia hidroagrícola e de emparcelamento do Baixo Mondego, uma política agrícola de defesa da produção nacional, de apoios  aos pequenos e médios agricultores”, acrescenta o PCP, através desta informação enviada a Notícias de Coimbra.

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