Coimbra

Paula Pêgo “dá tampa” a Nuno Freitas

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 11-11-2019

Depois da vereadora Paula Pêgo, eleita pelo PSD,  ter viabilizado o Orçamento  da Câmara PS de Coimbra, Nuno Freitas exigiu a  renuncia imediata da eleita pelo seu partido, mas a jurista não acata pedido do ainda líder da concelhia social democrata.

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Hoje, na reunião do executivo municipal, Paula Pêgo diz que continuará na vereação da Câmara Municipal de Coimbra, mas longe do PSD.

Leia a declaração de Paula Pêgo:

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Exmo Senhor Presidente

Senhoras e Senhores Vereadores

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Caros Munícipes

Comunicação Social

Na minha intervenção de 13 de novembro de 2017, quando assumi as funções de Vereadora deste órgão, referi que o sonho de uma Coimbra Maior não tinha terminado na noite das eleições autárquicas,  e sabia bem que o caminho a percorrer era estreito e, por vezes, com algumas pedras, mas que acreditava que assente nos valores da ética e da responsabilidade seria possível percorrê-lo com o objetivo último de proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas que vivem, trabalham ou vistam o Município de Coimbra.

E, também, referi que o meu voto seria sempre Por Coimbra, Por Melhor Coimbra, Por Mais Coimbra.Provavelmente muitos não ouviram as minhas palavras, nem tinham de as ouvir!

Decorridos 2 anos do exercício do mandato de Vereadora importa relembrar os meus votos, que por alguns terão sido considerados como “dissonantes”, em relação aos meus colegas de Vereação, que muito estimo e considero, vejamos:

A Autoridade Municipal de Transportes foi criada, por deliberação unânime, proferida pela anterior Câmara Municipal, com os votos do PSD.

Então, capacitar com uma equipa técnica a referida Autoridade aprovada com os votos do PSD é votar “dissonante”?

Votar favorável ou abster-se na votação dos diplomas legais que concretizam a descentralização de competências da administração central nos Municípios e nas Entidades Intermunicipais resultante do acordo celebrado entre o PSD e o Governo PS, é votar “dissonante”? 

No que concerne à proposta de Grandes Opções do Plano (GOP) e Orçamento para 2020, o meu sentido de voto foi a abstenção assente nos fundamentos que constam na declaração de voto e que são conhecidos, ou seja, o exercício das novas competências em 2020 decorrentes da descentralização e o reforço das funções sociais do Município, nomeadamente no que se refere ao transporte público.

Por trás dos números do orçamento que aqui foram apresentados estão pessoas que diariamente necessitam de transporte público para se deslocar para o trabalho, para as consultas nos Hospitais, que vivem em situação de carência económica e que necessitam do passe social, da tarifa social da água e do saneamento, de mais e melhor habitação social, do passe escolar, da ação escolar, pessoas que estão em situação de sem abrigo, de mais e melhor transporte público.

Acresce que, grande parte das propostas apresentadas pelo PSD, foram acolhidas, conforme consta do relatório síntese do exercício do direito de oposição.

É, agora, o tempo da Assembleia Municipal de Coimbra, nos termos da lei, discutir, aprovar ou reprovar as GOP e o Orçamento para 2020

Importa, agora, aludir aos cargos, vejamos:

iParque, exerço as funções de secretária da sociedade, cargo de natureza técnica, sem auferir remuneração ou compensação de qualquer espécie, sendo as deslocações de Coimbra para o iParque e vice-versa suportadas por mim, conforme pode ser comprovado junto dos acionistas; 

Metro Mondego, S.A., exerço as funções de vogal não executiva, com muito honra, empenho e determinação em contribuir para execução de uma solução de mobilidade que sirva as populações e os visitantes dos Municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, que seja fiável, confortável, moderna e amiga do ambiente, auferindo a remuneração mensal líquida no valor de 652,73 euros, conforme pode ser comprovado junto dos acionistas.

Aos que dizem: “(…) não sabe fazer política, o que está ali a fazer? Em política o que hoje é amanhã deixa de ser! etc. etc..!

Eu, respondo que têm toda a razão! 

Efetivamente, não sei fazer a política das incoerências e dos ataques pessoais feitos nos meios de comunicação social tradicionais ou nas redes sociais;

Não sei fazer a política do quanto pior melhor!

Não sei, e não quero aprender!

A nobre arte da política visa servir as pessoas e o bem comum, resolvendo os seus problemas do dia a dia em particular e os da comunidade em geral.

A nobre arte da política é a capacidade de gerar, na divergência democrática, pontos de convergência, com vista à resolução dos problemas concretos das pessoas

É com esta consciência cívica, política e com sentido de responsabilidade, que tenho exercido e continuarei a exercer o mandato de Vereadora que me foi conferido democraticamente.

Disse.”

O PSD fica com dois vereadores na Câmara Municipal de Coimbra, Hoje esteve representado por Madalena Abreu e Helena Moura Ramos. Paulo Leitão, líder da distrital, voltou a não estar presente na reunião do executivo.

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