O secretário-geral da Rede de Judiarias, Jorge Patrão, negou hoje às entidades de Turismo do Norte e do Centro a qualidade de membros da instituição, não tendo estas assim direito a participar nas suas atividades.
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“Somos uma associação de direito privado, que se rege nos termos do Código Civil”, disse Jorge Patrão à agência Lusa, defendendo que aquelas entidades “poderão pedir a adesão” à Rede de Judiarias de Portugal, cabendo à direção a análise de novas candidaturas.
O mesmo responsável excluiu a possibilidade de as duas entidades regionais de Turismo já serem membros da rede, negando que sejam “herdeiras dos direitos e deveres” das antigas entidades do Douro, Serra da Estrela, Oeste e Médio Tejo.
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Na quarta-feira, os presidentes da Turismo do Centro e da Turismo do Porto e Norte de Portugal, Pedro Machado e Melchior Moreira, respetivamente, reclamaram a nulidade das eleições para os órgãos sociais da Rede de Judiarias.
Em declarações à Lusa, Pedro Machado invocou “uma clara violação da lei”, pela exclusão da Turismo do Centro do ato eleitoral e dos órgãos sociais, enquanto, por idênticas razões, Melchior Moreira admitiu avançar com uma providência cautelar caso as eleições não sejam repetidas.
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Hoje, Jorge Patrão disse que a anterior direção pediu um parecer à jurista Filipa Mourão, o qual “é muito claro” quanto a não reconhecer às entidades de Turismo do Norte e do Centro a qualidade de membros da rede.
Presidente da mesa da assembleia-geral (AG) da Rede de Judiarias, até segunda-feira, dia em que as eleições foram realizadas, em Belmonte, António Ceia da Silva, alegou não ter sido informado pelos serviços de que aquelas entidades não tinham sido convocadas para o plenário eleitoral.
“Se me têm colocado antes a questão, eu próprio teria recusado fazer a reunião”, admitiu, defendendo que duas entidades “devem fazer parte de pleno direito” da Rede de Judiarias.
Jorge Patrão negou hoje esta versão, responsabilizando Ceia da Silva, presidente da Turismo do Alentejo, por “ter assinado todas as convocatórias” sem alegadamente ter questionado a lista de associados que os serviços lhe entregaram.
Também na assembleia eleitoral, segundo o secretário-geral, os sócios presentes “subscreveram a lista e votaram” para eleger os novos órgãos sociais.
“Ninguém pôs questões. Esta é uma questão formal que não quero valorizar”, declarou Jorge Patrão.
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