Cidade

Passear com Manuel Machado a “Valorizar Coimbra” e ser feliz sem rotundas! (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 16-09-2019

A Câmara Municipal de Coimbra convidou a comunicação social para a iniciativa “Caminha Connosco”, que decorreu na manhã desta segunda-feira, 16 de setembro.

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Esta iniciativa deu início ao programa da Semana Europeia da Mobilidade 2019 e contemplou visitas a obras feitas ou por fazer na Alta e na Baixa de Coimbra.

O Notícias de Coimbra saltou da “caminha” para “caminhar” ao lado de Manuel Machado, mas, em abono da verdade, temos de dizer que foi mais um “passeio” com direito a visita guiada pelo ilustre autarca de Almedina, o que nos pareceu mais indicado para quem é de sapato  do que sapatilha.

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Os joviais agentes da Polícia Municipal foram à frente e fizeram o que podem fazer todos os dias: Tratar de multar aqueles que teimam estacionar como se a urbe fosse deles.

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Se a totalidade da receita destas “cem multas” revertesse para o município, daria para pagar um bom almoço num dos muitos restaurantes por onde passámos.

Este seu querido diário foi o único media a aceitar o desafio, pois a concorrência optou por esperar na meta. Nem sabem o que perderam, mas devem ter aproveitado para ver nos diretos NDC.


Manuel Machado não precisou de trocar o fato e gravata pelo fato de treino para mostrar o seu conhecimento profundo conhecimento da história e das artérias de Coimbra.

Sempre simpático e atento, o edil mostrou que está em grande forma,  pronto para as curvas e para mais umas rotundas.

O NDC aproveitou o momento para o desafiar para escrever sobre Coimbra, mas isso terá de ficar para 2021 ou 2025, quando terminar o ciclo de mandatos desta sua “reencarnação”.

Os vereadores Carlos Cidade, Regina Bento, Jorge Alves e Carina Gomes também apareceram para “caminhar” com o líder. 

Presidente e vereadores podiam ter vindo de trotinete, bicicleta ou skate, mas não quiseram “dar espectáculo” e optaram por ser conduzidos pelos competentes motoristas da autarquia.

Umas duas dezenas de técnicos da autarquia acompanharam os eleitos e deram a sua visão sobre o “estado da arte” de requalificar a urbe.

Alfredo Dias, vice-reitor da Universidade de Coimbra, responsável pelas áreas do Património, Edificado e Infraestruturas, também respondeu à chamada, o que se justifica porque algumas das intervenções vão decorrer à sombra da velha Cabra.

Se a iniciativa da  autarquia serve para elucidar sobre o trabalho de requalificação que está em curso na Alta da cidade, onde prevê investir mais de 3,5 milhões de euros para melhorar a mobilidade pedonal e renovar as infraestruturas, tivemos de ir ver para crer.

Como “para baixo todos os santos ajudam” e é “sempre a descer”, “toca a andar” antes que “aperte o calor”.

A “caminhada” passou por obras de requalificação já concluídas, como no Largo de S. Salvador (212 mil euros), onde há uns problemas com a “monumental” vizinhança.

Também passamos pelas ruas da Ilha, Guilherme Moreira, José Falcão, Travessa da Trindade, Beco da Pedreira e Largo Hilário (740 mil euros).

Não vimos os hoteleiros André Sardet e José Manuel Portugal, mas ficamos a saber que autarquia conseguiu tomar posse de um terreiro usado por uma instituição.

Em execução está a empreitada de requalificação das ruas dos Coutinhos, do Colégio Novo, da Fonte Nova e Joaquim António de Aguiar (680 mil euros).

Estão a decorrer os concursos públicos para requalificar as ruas Borges Carneiro, do Norte e de São João, e o Largo José Rodrigues (investimento previsto superior a 745 mil euros).


O procedimento concursal para “mudar” o emblemático Largo da Sé Velha, da Rua e Largo do Quebra Costas e das Escadas e Beco da Carqueja tem investimento global previsto superior a 1,2 milhões de euros.

Estas intervenções, que já representam um investimento previsto superior a 3,5 milhões de euros, pretendem melhorar a mobilidade pedonal na Alta da cidade, nomeadamente através da introdução de passadeiras de conforto. 

A intervenção no Largo da Sé Velha, que tem um preço base de 648.725 euros, prevê também o aumento da funcionalidade do local, mas mantendo a genuinidade do espaço, recuperando a ideia de praça e estruturando o espaço público, para dar maior protagonismo ao peão, permitindo um usufruto pleno do enquadramento urbano do lugar.

Manuel Machado voltou a anunciar que vai retirar os carros do largo e revelou que já não quer árvores na área.

Já a intervenção na Rua e Largo do Quebra Costas, que tem um preço base a concurso de 430.895 euros, pretende repavimentar, com materiais de maior resistência e atrito, esta que é uma das zonas mais movimentadas da Alta de Coimbra e parte essencial do percurso de ligação da Universidade à Baixa, desde o Largo da Sé Velha ao Arco de Almedina, a principal porta da antiga cidade.

A empreitada prevê também a revisão das infraestruturas, com a passagem da rede elétrica para subterrânea e a instalação de iluminação led, mas também a instalação de rede de gás natural e a remodelação de redes de abastecimento de água.

Na Baixa de Coimbra, a comitiva chegou à Praça do Comércio, que também será requalificada pela CMC Coimbra, estando já em curso está um concurso público, com o preço base de 528.365 euros (a que acresce o IVA).

A empreitada visa reabilitar um espaço urbano de grande importância estratégica no enquadramento histórico e turístico da Baixa da cidade, otimizando a sua funcionalidade, potenciando a sua utilização pedonal e melhorando o conforto e a segurança do espaço que também ficará sem carros.

Entre as duas margens do rio que continua a separar a cidade, ficamos a saber que um autarca ficou com a cabeça presa na vedação da Igreja de São Bartolomeu e como Edgar Cardoso projetou a Ponte de Santa Clara, mas esses segredos ficam para a história que Manuel Machado terá de escrever.

Já na margem esquerda, junto à Praça das Cortes, com  pompa e circunstância, foi efetuado o auto de consignação dos vários lotes da empreitada que vai criar mais 14,5 km de ciclovia na cidade, num troço que irá ligar Coimbra B à Portela e Vale das Flores, num investimento global superior a 2,2 milhões de euros.

A partir da margem direita, a ciclovia segue ao longo da Av. da Lousã e da Av. Urbano Duarte (troço Urbano Duarte), confluindo na zona da rotunda da Boavista. A partir deste ponto, há um percurso que segue ao longo do Vale das Flores (troço Vale das Flores) e outro que segue paralelo ao traçado do IC3 (troço Quinta da Portela), estendendo-se à zona do Pólo II da Universidade de Coimbra (UC), entrando na Quinta e culminando próximo da rotunda da Portela, onde liga ao lanço existente que acede ao futuro interface do Sistema de Mobilidade do Mondego da Quinta da Ponte, em Ceira.

Após a consignação dos trabalhos desta empreitada prevê-se que estes troços da ciclovia estejam concluídos num prazo de 210 dias, mas vamos ter de esperar para ver se os empreiteiros têm pedalada para acabar a obra antes das próximas eleições autárquicas.

Como se sabe, a Câmara não tem tido sorte com alguns empreiteiros (Avenida Aeminum, Caminhos de Celas, Alta…), mas Manuel Machado voltou a prometer que quanto mais depressa acabarem a obra mais cedo recebem.

Foram quase três hora de passeio pedonal com “paragens técnicas” para Manuel Machado dizer aos técnicos que é preciso afinar isto ou aquilo, sempre com o com o singelo objetivo de “valorizar Coimbra. 

A barriga já estava a dar horas no relógio da torre, sinal que era tempo de almoçar, mas ainda foi desta que autarquia pagou o repasto, mas não será por isso vamos “meter pau na roda” no que mais dia menos dia será  “arrancado do papel”.

Se esta crónica fosse um programa de discos pedidos de um qualquer programa de uma rádio nativa, a banda sonora seria este mega hit dos míticos Broal de Mel.

 

Crónica ilustrada por Fernando Moura

 

 

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