Coimbra

Pague apenas o que deita fora

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 23-11-2016

A Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova  é um dos municípios portugueses que integram o projeto o LIFE PAYT, “Uma ferramenta para reduzir os resíduos no Sul da Europa”, cuja apresentação decorre no dia 24 de novembro, em Lisboa.

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O projeto LIFE PAYT, aprovado pela Comissão Europeia em junho de 2016, designado “PAYT – Ferramenta para Reduzir Resíduos no Sul da Europa”, pretende introduzir métodos, tecnologias e ações, que conduzam à alteração de comportamentos por parte da população em relação aos resíduos, contribuindo para a prevenção e redução da quantidade de resíduos indiferenciados e para o incremento da separação.

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Pioneiro no sul da Europa, este projeto tem por base o princípio “Pay-as-You-Throw” ou seja, “pague apenas o que deita fora”, e visa incentivar através de mecanismos financeiros a separação na origem e o aumento dos resíduos de embalagem enviados para reciclagem

Esta operação aprovada na convocatória de 2015, do Programa LIFE gerido pela Comissão Europeia, ronda os dois milhões e meio de euros, e é liderado por Célia Dias-Ferreira, coordenadora do Grupo de Investigação em Ambiente e Sociedade CERNAS – Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC).

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O projeto teve início a 1 de setembro de 2016 e tem a duração de 3 anos. O consórcio liderado pelo IPC inclui mais sete parceiros: Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, Câmara Municipal de Aveiro (CMA), Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Larnaka (Chipre), Câmara Municipal de Vrilissia (Grécia), Universidade Técnica Nacional de Atenas (Grécia) e Universidade de Aveiro.

Durante o projeto LIFE PAYT será aplicado um tarifário PAYT aos cerca de 440 produtores de resíduos urbanos, incluindo não só os que produzem acima de 1100 L de resíduos por dia, mas também os produtores não-domésticos que estão abaixo deste valor. A lista inclui supermercados e pequenas lojas, restaurantes, lares de terceira idade, jardins-de-infância e algumas unidades industriais.

A intervenção do projeto nesta área irá implicar alterações ao sistema de recolha atualmente em uso. Atualmente os produtores domésticos e não-domésticos partilham os mesmos contentores.

Durante o projeto serão distribuídos aos produtores não domésticos contentores para seu uso exclusivo, identificados com um chip RFID (radio frequency identification). Na altura da recolha, a informação do chip é lida por um sensor ótico adicionado ao veículo de recolha e os dados são transmitidos por GPRS para uma plataforma centralizada, onde serão processados. O volume de resíduos medido é incluído na fatura a enviar no fim do mês ao proprietário do contentor.

A identificação dos contentores através de um sistema RFID é essencial para garantir a rastreabilidade, monitorizar a quantidade de resíduos produzida e otimizar as rotas de recolha.

Além da identificação dos contentores, também a melhoria dos veículos de recolha e a otimização das rotas de recolha serão desenvolvidas. Os contentores muito velhos ou danificados serão substituídos e novos ecopontos serão instalados para reforçar o circuito da recolha seletiva.

Em Condeixa espera-se um aumento significativo da quantidade de recicláveis recolhidos como resultado do projeto, em 1082 toneladas por ano, com um valor de mercado de 138,547 € (SPV).

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