Lazer
“PAÇO COM ARTE” regressa para 5ª edição das Residências Artísticas no Conímbriga Hotel do Paço

Por estes dias, no Hotel de charme de Condeixa-a-Nova, os artistas Natali Zagory, Rita Moreira, Filinto Viana, e Jorge Rodrigues, fazem respirar arte em estado puro até este próximo domingo, dia 29 de janeiro.
Uma psicóloga, 2 pintores, e um artista plástico, irão decorar o espaço com obras de autor, que podem ser adquiridas no próprio local, dando a oportunidade a todos os que quiserem visitar de assistir in loco ao produzir de peças de arte uma vez que, por estes dias, os artistas estarão a produzir ao vivo.
Natali Zagory é o pseudónimo criativo a partir de Natali Zagorulko. Ucraniana, natural de Kiev, vive desde o início da guerra entre o seu país e a Rússia, na Figueira da Foz. A sua pintura é espontânea, crua e direta, tocando-nos pelo óbvio e chocando-nos pela essência.
Pinta predominantemente com tintas acrílicas sobre tela, colagens (técnica mista: utilizando tinta chinesa e pincéis de aguarela), faz cerâmica, murais, trabalho o couro, mas também toca e compõe música, escreve poesia, e ainda artigos de opinião.
“Em 2021 tive a minha exposição individual “O tempo mudou a realidade”, e foi aí que tenho algo a partilhar com mundo. A minha língua é a arte, e a arte é universal.
A guerra alterou a minha vida. Dou aulas de pintura na Magenta, Figueira da Foz e estudo português”, referiu a artista.
Já Rita Moreira, nasceu no Porto em 1976. Licenciada em Psicologia, é no Porto que vive e atualmente exerce a sua prática clínica. O seu percurso tem passado por projetos tão diversificados como a rádio, a escrita ou a fotografia. Publicou “Cartas a Vincent” pela Editorial 100 em 2004, e em 2014, pela Chiado Editora, a obra “À meia-noite no farol”, estando prevista a edição de duas obras de poesia para 2023.
Fez também vários cursos de fotografia no Instituto de Produção Cultural e Imagem do Porto, com especial ênfase na fotografia de rua e na fotografia documental.
Na zona norte expôs sobre várias temáticas socias como o tráfico de seres humanos, o envelhecimento, geografias culturais, entre outros, ligando a psicologia, a palavra e a imagem.
Filinto Viana, nasceu na Figueira da Foz em 1956, cidade onde desenvolve o seu trabalho marcado por criatividade transbordante. A obra de Filinto Viana conta histórias. Numa linguagem pictórica própria, a exaltação da cor e a rica figuração surrealizante, são presença constante no seu peculiar e aclamado trabalho artístico.
“Filinto descobriu a Pintura, já passava dos trinta. Logo a paixão foi mútua e após o seu início, junto de Michael Barrett e Mário Silva, a sua arte cresceu e hoje é, sem dúvida, um dos mais notáveis artistas que conheço.
Filinto Viana vai se libertando da figuração estereotipada do seu início, através dum instintivo e anárquico método e de um critério colorista requintado, criando uma figuração difícil de catalogar, suportada por acordes de cores e tonalidades sofisticados que demonstram uma Arte cada vez mais refletida”, indica Fernando Campos, autor da biografia de Filinto Viana.
Como artista plástico, Desy CXXIII (Jorge Rodrigues), trabalha com variados suportes que lhe concedem uma linguagem própria, e que vão desde as paredes a rua, o papel, e até mesmo ao vidro, técnica que lhe vinca a plasticidade expressiva do seu trabalho mais focado no “desperdício humano e material”, palavras do artista que recolhe vidros abandonados.
É nesses vidros, através da poesia sobre camadas de cor, a rostos de sem abrigo, “pessoas abandonadas pela sociedade, pessoas que são o ouro”, refere, que podemos ver as histórias que por ele são contadas através de camadas, tal como o trabalho do próprio.
A este quarteto residente junta-se, ainda, o historiador João Pinho, que irá moderar a Tertúlia deste «Paço com Arte», que decorre amanhã, dia 27 de janeiro às 21h00.
Para a direção do Conimbriga Hotel do Paço, esta “é a prova do sucesso das edições anteriores, e por iremos continuar a apostas nestas residências artísticas, sendo ao mesmo tempo também, mais uma iniciativa que se enquadra no nosso esforço de desenvolvimento de um conceito artístico que temos vindo a desenvolver, e onde queremos apostar, no Conimbriga Hotel do Paço, de modo a fomentar e a preservar o gosto e a paixão pela arte nos seus mais diversos modos de expressão”.
“A iniciativa é dirigida aos nossos hóspedes, mas, também, a todos os amantes de arte na região centro. Estão convidados a vir conhecer o hotel, conhecerem e conversarem com os artistas, assistirem ao seu processo de criação e, enquanto isso, podem aproveitar para experimentar o nosso restaurante Gavius, o nosso Bar e desfrutar de toda a nossa tranquilidade”, destacou ainda José Miguel Ferreira.
O Conimbriga Hotel do Paço é a mais recente hoteleira 4* situada em Condeixa-a-Nova, sendo um hotel de charme acaba de ser referenciado pelo Guia Boa Cama Boa Mesa do Jornal Expresso.
Para além do alojamento e restaurante, o hotel permite também a realização de eventos corporativos e familiares, como casamentos, batizados e celebrações de aniversários, e reuniões de empresas.
O hotel é propriedade da Fundação ADFP, que os artistas irão ficar a conhecer também, numa visita guiada aos seus diversos setores, e insere-se numa aposta da instituição no desenvolvimento regional no âmbito da vertente turística, sendo que a Fundação – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional já é proprietária do Hotel Parque Serra da Lousã (Miranda do Corvo), do restaurante Museu da Chanfana, Parque Biológico da Serra da Lousã com Centro Hípico, e do Templo Ecuménico Universalista com Observatório de Religiões. Possui ainda os museus Espaço da Mente, Tanoaria e oficinas de artes e ofícios tradicionais e a cafeteria Museu diz Mel.
O turismo e a agricultura (produção de vinho e azeite) são apostas da Fundação ADFP na criação de receitas que aumentem a sua sustentabilidade para uma maior atividade social sendo simultaneamente áreas de criação de emprego, sempre que possível inclusivo, permitindo a integração de pessoas com necessidades especiais.