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O município de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, insurgiu-se hoje contra uma intervenção da EDP, que está a criar constrangimentos ao nível do abastecimento de água da rede pública.
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A autarquia liderada por José Carlos Alexandrino (PS) queixa-se de uma intervenção realizada no domingo, a montante da Estação de Tratamento de Águas (ETA) da Senhora do Desterro, no concelho de Seia.
“Esta intervenção da EDP, feita sem qualquer aviso prévio, teve um impacto muito negativo na ETA que abastece três concelhos e tem-se registado um grande aumento da turvação na água bruta, condicionando por isso a capacidade de produção de água”, explicou o presidente da câmara, citado na nota.
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O autarca disse não compreender “como é que a EDP, sabendo da vulnerabilidade a que se encontram sujeitos estes territórios, em consequência dos incêndios de 15 de outubro de 2017, realiza uma intervenção deste tipo sem efetuar qualquer comunicação”.
Segundo José Carlos Alexandrino, a situação obriga o município a socorrer-se de camiões cisternas dos bombeiros para tentar garantir o fornecimento de água potável à população.
O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital salientou que a situação ocorreu “precisamente numa altura em que a região foi afetada por uma severa onda de calor, o que juntamente com o aumento da população, que habitualmente se regista por esta altura do ano, gera sempre elevados consumos de água”.
O autarca adiantou que a empresa Águas do Vale do Tejo e o município estão a realizar “todos os esforços no sentido de minimizar os constrangimentos de abastecimento de água potável”, mas aconselha a população a que durante o verão – e especialmente nestes dias – efetue “um consumo moderado e responsável”.
A agência Lusa tentou obter uma reação da EDP, mas até ao final da tarde de hoje não foi possível.
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