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Economia

O ano está perdido dizem operadores marítimo-turísticos em Aveiro

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 27-04-2020

Os operadores marítimo-turísticos dos canais urbanos da Ria de Aveiro dizem que o ano está perdido devido à pandemia da covid-19 e que não vão conseguir gerar dinheiro para pagar à Câmara a licença para trabalhar.

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“Este ano está perdido. Não vamos ganhar para os custos”, disse à Lusa Virgílio Porto, presidente da associação Laguna de Aveiro, que reúne vários operadores marítimo-turísticos.

Os passeios de barco moliceiro nos canais urbanos da Ria de Aveiro são uma das principais atrações turísticas da cidade, estimando-se que em 2019 tenham gerado um volume de negócios de oito milhões de euros.

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As 27 embarcações que transportam milhares de pessoas todos os anos estão encostadas nos cais há mais de um mês e os prejuízos dos operadores, que trabalham esmagadoramente com público estrangeiro, são elevados.

“Só a Páscoa representa cerca de 20% da minha faturação”, disse Virgílio Porto, admitindo que possa haver despedimentos no setor.

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O gestor, que tem oito barcos moliceiros, diz que estão a aguardar as diretivas do Governo, mas nem a possível retoma da atividade interna anima estes profissionais.

“Quando pudermos começar a operar não vai haver clientes ou a lotação dos barcos, que é de 20 pessoas, vai diminuir para cerca de um terço, portanto a operação fica impraticável”, explicou o presidente da associação Laguna.

No âmbito do Programa de Ação de Apoio à Atividade Social e Económica, a Câmara de Aveiro determinou que iria devolver aos operadores marítimo-turísticos e operadores de circuitos turísticos um terço do valor pago pela licença de operação em 2020, correspondente a quatro meses, de março a junho.

No entanto, os operadores dizem que isso “é insuficiente”, porque pressupõe que em dezembro vão ter de pagar novamente a prestação da licença relativamente ao ano de 2021 e que em alguns casos atinge os 160 mil euros.

“Vamos acreditar que na avaliação das fases seguintes venha a ser verificado que a operação não gerou o dinheiro suficiente, devido as limitações que vão continuar a ser impostas, para se poder pagar a licença”, disse Virgílio Porto.

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