Um homem de 51 anos começou, hoje, a ser julgado, no Tribunal de Coimbra, por ter tentado matar um vizinho, arrastando-o no capô do seu carro, no dia 17 de agosto de 2019, e por ter perseguido a companheira deste durante meses.
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São três os processos agora anexados e pelos quais este homem responde. Está acusado de dois crimes de dano, dois de ameaça e um crime de homicídio qualificado na forma tentada, responde também por um crime de injúrias e um crime de perseguição agravada.
No início da sessão, o arguido começou por negar que insultava a vizinha, referindo que “não falo dessa maneira, eu não chamo nomes às pessoas que não conheço, é mentira.”
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A acusação refere que o homem de 51 anos desferiu três murros no portão. “Não tenho saúde para isso, eu tenho problemas sérios de coluna”, respondeu.
Afirmando que também “nunca cuspiu” para a estrutura, uma vez que está acusado de cuspir regularmente para a porta e para as paredes da casa.
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São vários os momentos de ofensas e ameaças que terão começado em 2016, quando o casal ofendido passou a viver na casa contígua à sua, partilhando o logradouro em São Martinho do Bispo, Coimbra.
Durante o mês de maio de 2019, terão ocorrido várias situações, mas o arguido nega que tenha estado em Coimbra nessa altura.
“Estive num festival privado, em Pedras Salgadas”. Questionado se conseguia provar que esteve o mês inteiro nesse evento, o acusado recorda que “não há anúncios do festival, são sempre as mesmas pessoas. Eu não faço IRS, eu não peço recibos para nada”, concluiu.
Já no dia 17 de agosto de 2019, pela a hora de almoço, o acusado, ao sair de casa, com a mãe e a irmã e percebendo que o vizinho se encontrava no logradouro comum das habitações, fez marcha atrás com a sua viatura que embateu intencionalmente na do ofendido.
De acordo com a acusação, o arguido indiferente a esta situação, continuou a sua marcha, o que fez com que o vizinho, fosse atrás dele, para tentar falar com ele. Ao perceber-se da presença do ofendido, o homem terá acelerado de forma brusca, o que fez com que a vítima caísse sobre o capô da viatura, seguindo a sua marcha com ele agarrado às escovas limpa parabrisas.
Esta manhã, a história que se ouviu no Tribunal de Coimbra é diferente, com o acusado a referir que o vizinho “atirou um saco de ração à mala do carro” e disse: “vou-te matar, até a tua mãe mato”. O arguido reforça que “o ofendido saltou para cima do carro com uma chave na mão”.
O julgamento prossegue no Tribunal de Coimbra.
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