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Nanopartículas com controlo remoto por laser aumentam sucesso de células transplantadas

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 18-10-2018

 

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Investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveram uma formulação de nanopartículas que permite libertar, através de controlo remoto por luz, duas moléculas no tratamento de doenças isquémicas.

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“A descoberta, publicada na revista ‘ACS Nano’ e resultante de um trabalho de cinco anos, contribui para o aumento da sobrevivência e proliferação das células endoteliais progenitoras transplantadas (que desempenham um importante papel na recuperação de doenças isquémicas como os Acidentes Vasculares Cerebrais)”, sustenta a UC numa nota hoje enviada à agência Lusa.

Segundo a fonte, “a possibilidade de fazer a ativação das nanopartículas (que medem milionésimos de milímetros) por controlo remoto faz toda a diferença”.

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Acrescenta que “o controlo fotoativável na libertação de mais do que uma molécula permite potenciar e modelar a atividade celular com maior precisão – aumentando a eficácia do tratamento”.

“A nanoformulação apresentada pela equipa do CNC funciona como um ‘interruptor’ de circuitos biológicos envolvidos na proliferação e sobrevivência das células endoteliais progenitoras (cuja transplantação contribui para a cicatrização e vascularização dos tecidos afetados pelas doenças isquémicas)”, explica a UC.

No estudo agora publicado, “o princípio de funcionamento da nanoformulação foi demonstrado na cicatrização de feridas da pele em ratinhos”.

Contudo, lê-se no comunicado, “as possíveis aplicações clínicas desta formulação de nanopartículas podem ser estendidas a outros órgãos e ao tratamento de doenças com terapias de combinação com múltiplas moléculas”.

“Este é o primeiro trabalho que descreve uma nanopartícula para entrega controlada de duas moléculas através de um laser com comprimento de onda próximo do infravermelho, o que permite uma maior penetração nos tecidos sem efeitos tóxicos e possibilita o controlo remoto das nanopartículas”, descreve Miguel Lino, primeiro autor do artigo publicado na “ACS Nano”, citado na nota.

O estudo do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra foi financiado pelo European Reseach Council (Conselho Europeu de Investigação) e pelo programa “ERA Chair” em envelhecimento.

Foi coordenado por Lino Ferreira, líder do grupo de investigação em Biomateriais e Terapias Baseadas em Células Estaminais do CNC e investigador coordenador da Faculdade de Medicina da UC, e contou ainda com a participação das investigadoras Susana Simões, Andreia Vilaça, Helena Antunes e Alessandra Zonari.

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