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Música e Matemática em harmonia no Rotary Clube de Coimbra – Olivais

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 01-03-2017

 

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“Música na Equação” foi o título da palestra proferia por Luís Adriano Oliveira, Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, em jantar festivo do Rotary Clube de Coimbra – Olivais que decorreu no Hotel Tryp Coimbra.

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O cientista sustentou que “à semelhança da literatura, a matemática é uma forma de comunicação”, explicando:“Particularmente estruturada, a linguagem matemática veicula representações teóricas da vida real, física, permitindo descrever esta última com elevado rigor, e formular previsões de comportamentos que a natureza nos reserva para futuro mais ou menos próximo”.

E acrescentou Luís Adriano Oliveira: “Concretamente, uma equação matemática estabelece a relação existente entre os seus dois membros, cada um formado por um ou mais termos. Dito de outro modo, uma equação “fala” e, mais do que isso, tem muito para dizer! Pode então colocar-se a questão: será plausível que uma equação, para além de ‘falar’, encerre em si própria conteúdo de natureza musical e/ou poética?”.

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Para responder a esta questão, Luís Adriano Oliveira desenvolveu um exercício de correlação entre as equações de Navier-Stokes e o trecho musical “Moldava”, do compositor checo Bedrich Smetana (1824-1884), que relata o percurso do rio Moldava, estabelecendo uma analogia com a vida do ser humano, desde o nascimento até à morte.


PR Isolina Mesquita e Jorge Castilho (1)

Antes da palestra, o Presidente do Rotary Clube de Coimbra – Olivais, Jorge Castilho, fez entrega do Diploma do “Título Paul Harris” a Isolina Mesquita, distinção do Movimento Rotário Internacional como reconhecimento pela prestação de serviços muito meritórios “com o objectivo de estreitar as relações amistosas entre os povos do Mundo”. Este títulofoi-lhe concedido por iniciativa de ScottSchulick, testamenteiro do Fundo Helga Ives.

Trata-se de um fundo constituído por doação de Helga Ives, uma italiana que, durante a II Grande Guerra, foi libertada de um campo de concentração nazi por tropas americanas, tendo vindo a casar, em 1946, com David Ives, um jovem tenente-coronel da Força Aérea que integrava essas tropas.

O casal foi viver para os Estados Unidos, onde David desenvolveu uma brilhante carreira como professor da Universidade de Youngstown, enquanto Helga se dedicava à família e a obras solidárias. Numa das suas muitas viagens o casal Ives apaixonou-se pela Ilha Terceira, vindo regularmente aos Açores, ao mesmo tempo que se estabelecia uma grande amizade com Isolina Mesquita. David morreu em 1991 e Helga em 2015, tendo encarregado os seus testamenteiros, Scott Schulick e Mark Makoski, de fazerem chegar um donativo a uma obra de auxílio às crianças da Ilha Terceira.

E foi Isolina Mesquita quem ajudou a concretizar a vontade da sua amiga Helga, deslocando-se aos Açores e descobrindo a notável obra de apoio às crianças que na Ilha Terceira está a ser desenvolvida pela Santa Casa da Misericórdia.

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