O presidente da Associação dos Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB) anunciou hoje a redução até 70% das tarifas sociais de água e até 27% nas tarifas do primeiro escalão, com efeitos retroativos a 01 de julho.
“A redução da tarifa volumétrica do primeiro escalão para consumidores domésticos em cerca de 27% passando a tarifa do primeiro escalão de 0,873 cêntimos para 0,638 cêntimos e isto no primeiro escalão é muito significativo”, anunciou hoje em conferência de imprensa Mário Loureiro.
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O presidente da associação destacou, igualmente, a “redução de até 70% da tarifa social” que abrange as famílias numerosas dos cinco municípios da região: Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão e Tondela, no distrito de Viseu, e Tábua, do distrito de Coimbra.
“Esta tarifa social, que engloba as famílias numerosas, permite desonerar as famílias que estão numa situação económica mais complicada, mais débil”, congratulou-se o autarca que adiantou que as famílias só têm de ir às suas autarquias verificar se se enquadram e requerer esta tarifa.
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Esta tarifa sofre outra alteração, segundo o responsável, uma vez que “deixa de ter um consumo mínimo mensal que era debitado a todas as pessoas e agora assumem a água que apenas consumirem”.
O comércio e a indústria é outro setor que sai beneficiado desta negociação que dura há vários anos entre a associação de municípios e a concessionária Águas do Planalto, com um reposicionamento entre o segundo e terceiro escalão “de forma a não serem penalizados na faturação”.
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“O comércio e indústria que deveriam ser colocados no terceiro escalão, segundo a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), nós colocámos entre o segundo e terceiro escalão dos clientes domésticos de forma a não agravar as faturas do comércio e indústria, ou seja, a maior parte destes empresários tem uma redução nas suas faturas mensais”.
Neste pacote de reduções da tarifa da água não estão incluídas as autarquias da região que receberão “um ligeiro acréscimo” nas suas faturas, uma vez que “passaram do primeiro para o terceiro escalão, segundo as recomendações da ERSAR há já algum tempo”, explicou o autarca.
“Há um ligeiro acréscimo das faturas, mas nada significativo nas câmaras e uma ligeira redução nos comerciantes e indústria, mas acima de tudo não os queríamos penalizar e a nossa maior preocupação eram os consumidores domésticos”, resumiu o presidente da associação.
Mário Loureiro assumiu que as “negociações ainda não acabaram” e o objetivo é atingir uma redução média de 25%, uma vez que agora a globalidade da descida das tarifas é de 21,7%.
Uma meta que já tinha sido anunciada no final do verão de 2017, para concretizar nos seis meses seguintes, e que foi adiada por causa da “tragédia dos incêndios que afetou imenso todos os cinco municípios”.
“Não tivemos tempo de continuar com as negociações, demos prioridade ao apoio às famílias e às habitações de forma a prestarmos todo o apoio necessário depois dos incêndios e só depois continuámos a negociação que ainda não acabou”, prometeu Mário Loureiro
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