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Municípios desesperam por causa da falta apoio para reposição de equipamentos afetados pelos incêndios

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 14-04-2018

 Seis meses depois dos incêndios de outubro de 2017, as câmaras municipais afetadas ainda estão à espera da formalização de apoio para poderem repor os equipamentos municipais que ficaram danificados pelas chamas.

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“Ainda não há datas”, notou o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, sublinhando que para municípios como aquele que lidera – de pequena dimensão – não há capacidade financeira para fazerem a reposição às suas custas.

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O concelho de Arganil, um dos mais afetados pelos grandes incêndios de outubro, contabiliza mais de 5,8 milhões de euros em equipamentos municipais, entre sinalética, vias rodoviárias danificadas, imóveis, estações de tratamento de águas residuais e ‘rails’ de proteção das estradas, contou.

Para Luís Paulo Costa, esses 5,8 milhões representariam mais de um terço do orçamento que o município tem para gastar num ano, estranhando a demora na formalização e definição de apoios nesta área.

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“Seis meses já era um prazo longo”, sublinhou, considerando que está também em causa a própria segurança rodoviária.

O autarca avisa que a reposição da sinalética vertical e dos ‘rails’ de proteção, nomeadamente nas zonas de montanha, é urgente.

“É uma circunstância de um perigo muito significativo e não ignoro que ele existe e que é real. Com condições atmosféricas adversas, o risco aumenta exponencialmente”, realçou, afirmando que, sem o apoio do Estado, “é completamente impossível” para a autarquia repor os equipamentos.

No concelho vizinho de Oliveira do Hospital, o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Alexandrino, confirma a mesma situação.

“Ainda não temos data, nem previsão de quando é que vai haver apoio e de como é que vai ser atribuído”, contou à Lusa o autarca, referindo que, no caso de Oliveira do Hospital, são 1,5 milhões de euros de prejuízos em equipamentos municipais.

Apesar disso, o município está a lançar um concurso público na ordem dos 300 mil euros para repor sinalética.

“Não posso ter uma morte porque o sinal não está lá”, asseverou José Carlos Alexandrino, sublinhando que espera que essa despesa seja depois suportada pelo programa que venha a ser celebrado.

A agência Lusa tentou obter um esclarecimento por parte do Ministério da Administração Interna, mas sem sucesso.

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