MRG faz revive(r) Hotel Turismo da Guarda

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 23-02-2018

O presidente da Câmara da Guarda manifestou hoje o seu regozijo pelo anúncio da recuperação do edifício do antigo Hotel  Turismo e desejou que a obra esteja concretizada até ao fim do mandato autárquico.

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O Governo anunciou na quinta-feira que o edifício do antigo Hotel de Turismo da Guarda vai ser recuperado pelo agrupamento de empresas MRG, no âmbito do Programa Revive, num investimento global estimado de sete milhões de euros.

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Hoje, o autarca, Álvaro Amaro (PSD), disse numa conferência de imprensa realizada junto do antigo hotel que “a Guarda deve rejubilar” com a decisão, mas admitiu que ficará mais satisfeito quando verificar o início da requalificação.

Álvaro Amaro espera que a empresa MRG, com sede em Coimbra, “acelere o projeto” de recuperação da antiga unidade hoteleira.

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O autarca fez saber que hoje conversou com o presidente do grupo empresarial, a quem transmitiu que o processo terá uma “via verde” no município para que “possa ser executado ainda em menos tempo do que em quatro anos”.

“Ou seja, para que até ao fim deste mandato autárquico, mas se não for assim, que seja muito próximo, nós possamos inaugurar este novo edifício requalificado. Com um investimento que se estima à volta de sete milhões de euros, nós possamos devolver este hotel, em primeiro lugar, à economia nacional porque a economia da Guarda faz parte da economia nacional”, afirmou.

Nas declarações aos jornalistas, o presidente da autarquia mostrou-se satisfeito por o Estado ter validado “o único candidato que se apresentou” ao concurso no âmbito do Programa Revive e congratulou-se com o desfecho da “caminhada” que demorou quatro anos.

“Acho que demos um contributo para se repor a verdade histórica desta pérola que é o Hotel de Turismo da Guarda (…) porque foram quatro anos de intenso trabalho com dois Governos, vários governantes, dois primeiros-ministros, vários diretores-gerais, vários subdiretores gerais”, referiu.

O gabinete da secretária de Estado do Turismo anunciou na quinta-feira em comunicado que “a concessão do Hotel Turismo da Guarda, que faz parte do Programa Revive, foi adjudicada ao agrupamento de empresas MRG”.

Segundo a fonte, o consórcio fica com a concessão do imóvel icónico da Guarda “durante 50 anos, mediante o pagamento de uma contrapartida anual de 63 mil euros”, estando o investimento total de recuperação do edificado estimado em sete milhões de euros.

“O consórcio compromete-se a construir uma unidade hoteleira neste imóvel que ocupe no mínimo 55% da área bruta de construção. Está prevista uma unidade ‘boutique’ hotel, de quatro estrelas, ligada ao tema da neve, com 50 quartos e com outras valências como SPA (que estará acessível igualmente aos residentes no município) e restaurante”, acrescenta a nota enviada à agência Lusa.

O comunicado adianta que o futuro hotel terá uma vertente de formação e “preocupações de sustentabilidade ambiental, como aquecimento de águas através de energia solar ou iluminação LED”.

Em 2010, o Turismo de Portugal comprou o imóvel à Câmara Municipal para um projeto de requalificação turística, mas esse projeto foi abandonado em 2012 e o hotel está desde então devoluto.

O Programa REVIVE, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, pretende valorizar o património estatal ao abandono. Foi apresentado, com muita pompa e circunstância,  em Coimbra, no mês de setembro de 2016.

Em linhas gerais, o Governo anunciou que pretendia entregar a privados 30 edifícios do Estado. Espaços que seriam concessionados. Quem ficasse com os imóveis assumia compromisso de os recuperar e reabilitar. Os futuros ocupantes podiam abrir negócios, desde que os mesmos ficassem acessíveis ao público. A transformação em unidades hoteleiras era a sugestão mais ouvida.

O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova e o Mosteiro de Santa Maria do Lorvão são dois dos edifícios que integram esse pacote de 30 unidades que o Governo esperava “despachar” rapidamente.

Mais de um ano depois do lançamento do programa, com o tema a deixar de fazer parte da agenda dos poderes locais e nacionais, Notícias de Coimbra contactou o Turismo de Portugal para saber novidades sobre os concursos para a concessão destas duas unidades.

A resposta é clara: Nesta data ainda não nos é possível indicar a data de abertura dos dois concursos que refere.

Até hoje, apenas foram abertos 4 dos 30 concursos de concessão anunciados pelo Governo. São eles o Convento de São Paulo (Elvas) , o Hotel de Turismo da Guarda,  o Paço de Valverde (Évora) e os Pavilhões do Parque Dona Leonor (Caldas da Rainha).

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