Coimbra

MRG é uma empresa com PPP´s de problemas com a justiça e autarquias

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 24-03-2014

Está no agenda setting local a disputa entre a empresa MRG e a CMC por causa das obras do Convento de São Francisco. Já não é a primeira vez que a empresa que veio de Seia para Coimbra se vê envolvida em polémicas relacionadas com autarquias locais, sendo mesmo alvo de investigações.

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A empresa da família Rodrigues Gouveia esteve na origem do longo processo que levaria à prisão Júlio Santos, um ex-presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira.

As célebres Parcerias Público Privadas também mediatizaram a MRG. Quem passou por Alcobaça sabe que a parceria com a empresa municipal Terras da Paixão para cosntrução de escolas e pavihões desportivos foi alvo de investigação por parte da Polícia Judiciária.

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Mais a sul, no tempo em que reinava o condenado Isaltino Morais, há suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e prevaricação e obras fantasma. Paulo Vistas, o ex que se tornou presidente, foi mesmo alvo de buscas por parte da Judiciária. As autoridades investigam a PPP da CMO com a MRG, através das empresas Oeiras Primus e Oeiras Expo, entidades que se proponham construir vários equipamento naquele concelho da linha. Fala-se mesmo que o Ministério Público desconfia que Fernando Rodrigues Gouveia é sócio de Isaltino Morais numa empresa que ambos constituir em Moçambique.

Ainda na grande Lisboa, mas em Odivelas, a MRG foi investigada por causa dos quase 20 milhões das obras da PPP Odivelas Mais, que envolveram a construção do jardim da música e um pavihão.

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Campo Maior, Trancoso Sabugal e Gouveia são outros dos concelhos referenciados no mapa de negócios da MRG, cuja sede em Coimbra chegou a ser alvo de buscas pela Polícia Judiciária. A autarquia presidida por Álvaro Amaro até às ultimas eleições foi uma ds que também recebeu a visita da PJ de Coimbra.

Segundo informação constante no seu site, a MRG, S.A. foi fundada em 1978 por Manuel Rodrigues Gouveia que, manteve a gerência da empresa até 1991, tendo desde então sido ocupada pelo seu filho, Eng. Fernando Gouveia.

No início da sua actividade, a MRG dedicava-se à promoção imobiliária e prestação de serviços de construção a Autarquias, Departamentos Estatais e particulares. Nessa altura, a sua área de influência geográfica limitava-se ao distrito da Guarda.

A partir de 1989, a empresa apostou claramente na Construção Civil e Obras Públicas, tendo como principais clientes os Ministérios da Educação, Saúde e Justiça. Paralelamente, houve um reforço da actividade de promoção imobiliária, fomentada por Contratos de Desenvolvimento Habitacional (CDH), através de acordos com o Instituto Nacional de Habitação (INH).

Com o crescimento estrutural da Empresa, houve a necessidade de passar a empresa a Sociedade Anónima. Em 1998 fez-se essa transição, passando a haver um Conselho de Administração que delibera transversalmente a toda a empresa.

Em 2000 foi criada uma nova área de negócios, que engloba construção de vias de comunicação, infra-estruturas e ambiente. A zona de actuação da empresa é alargada, passando a construir em todo o território nacional.

Fruto do crescimento que a empresa assistiu, a MRG S.A. deixou de ser uma PME (Pequena ou Média Empresa) em 2002, passando a ser considerada uma das empresas de referência a nível nacional nas várias áreas de negócio em que actua.

O ano de 2013 fica assinalado pela aposta na internacionalização em vários mercados diferentes. No início do ano foi criada a MRG Construction em França, com sede em Bordéus. Ainda durante o ano de 2013, mas no final, o Grupo MRG expandiu-se para a Argélia e Moçambique.

Em agosto do último ano, a administração concluiu que o  atual diagrama das sociedades e das participações sociais do Grupo MRG tem-se vindo a demonstrar desajustado para assegurar o cumprimento dos objetivos estratégicos em virtude das profundas transformações do mercado no que concerne ao volume de adjudicações, à tipologia e dimensão das obras e ao risco operacional, económico e financeiro inerente.

   2)  Pela sua importância em termos de “core business” destacam-se dentro do Grupo as empresas “MRG – Engenharia e Construção, S.A.” e “EQUIPAV – Engenharia e Construção, S.A.”, ambas vocacionadas para a engenharia, construção civil e obras públicas mas com posicionamentos diferentes.

   3)  A conjuntura transformou-se, denotando claramente uma rarefação de obras, com efetivo predomínio das de menor valor, não se justificando a existência de duas Empresas do mesmo Grupo a concorrerem entre si.

   4)  O mercado exige flexibilidade, adaptabilidade, inovação e especialização. Nessa medida, a “EQUIPAV – Engenharia e Construção, S.A.” encontra-se melhor posicionada para responder à realidade do mercado no domínio da construção civil e das obras públicas.

   5)  Assim, no âmbito deste novo modelo empresarial, a “EQUIPAV – Engenharia e Construção, S.A.” passará a assegurar, a partir de 1 de Agosto de 2013, a realização dos negócios de construção civil e obras públicas do Grupo.

   6)  Nesta conformidade, a denominação da empresa passará a ser “MRG – EQUIPAV, Engenharia e Construção, S.A.”, a qual manterá o mesmo NIPC bem como a sua sede social.

   7)  Esta transferência respeita todos os critérios de capacidade técnica e financeiros exigidos, na medida em que se mantêm os alvarás das duas entidades com as mesmas categorias e classes.”

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