Coimbra

Movimento Coimbr’a Pedal é reativado para fazer ‘lobby’ pelas bicicletas

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 29-03-2023

O movimento Coimbr’a Pedal, que esteve parado durante alguns anos, é reativado no sábado, com o objetivo de organizar eventos regulares, mas, sobretudo de lutar pela mobilidade ciclável na cidade.

PUBLICIDADE

A comunidade estava mais ou menos adormecida há cerca de seis anos, mas decidiu relançar-se e vai dar-se a conhecer neste sábado, num convívio aberto a todos os adeptos de bicicleta na Feira Sem Regras, no Parque do Choupalinho.

No sábado, pelas 10:00, será apresentada uma nova imagem do Coimbr’a Pedal, um novo ‘website’ e será dinamizada uma cicloficina, local onde voluntários dão “uma mãozinha” para ajudar a reparar pequenos problemas em bicicletas, estando também previsto um almoço em piquenique pelas 13:00.

PUBLICIDADE

“A razão direta para reativar é que a malta está com vontade e há malta nova também com vontade de puxar por isto”, disse à agência Lusa Sérgio Santos, que está no movimento desde o seu início, apontando também o surgimento da associação Oficina, que também promove o uso da bicicleta em Coimbra, como outro contributo para a comunidade ser agora relançada.

A ideia passa agora por organizar algumas cicloficinas, promover ações de sensibilização, criar um programa de ‘bike buddy’ (um ciclista mais experiente acompanha as primeiras viagens de alguém que quer fazer o percurso até ao trabalho de bicicleta), e organizar um percurso pela cidade, ao final do dia, na última sexta-feira do mês, que junte os ciclistas da cidade, chamado de “Massa Crítica” (estando também a ser pensado um percurso parecido para crianças).

PUBLICIDADE

publicidade

No entanto, para Sérgio Santos, o grande foco estará no “lobby pelas bicicletas”.

“Queremos ter o máximo de pessoas a dar sugestões e propostas, para depois apresentarmos sugestões à Câmara ou a outras entidades, como a Metro Mondego”, salientou.

Para Sérgio Santos, há muitas formas de combater a orografia acidentada da cidade, mas, mais importante do que isso, é ter um planeamento da malha urbana que dê prioridade à mobilidade suave, nomeadamente as bicicletas.

“Eu noto que há muito mais pessoas a andar de bicicleta agora do que quando o movimento foi criado. Mas a cidade, em termos de planeamento urbano ainda não pensa na integração da bicicleta como meio de transporte, apenas como atividade de lazer”, afirmou à Lusa Bia Farão, que também está no Coimbr’a Pedal.

Bia Farão apontou para um caso muito concreto, pelo qual o movimento vai lutar, que é a intermodalidade associada ao Metro Mondego, procurando que seja possível transportar as bicicletas nos autocarros elétricos, quando aquele sistema funcionar, bem como estacionamento para as bicicletas nas estações do ‘metrobus’.

“A primeira das razões passa por agregar as pessoas que andam de bicicleta ou gostavam de andar de bicicleta. Queremos perceber quem são e que percursos fazem […]. Tendo massa crítica, teremos as condições para, junto da Câmara e outras entidades, apresentar propostas e reivindicar melhorias”, salientou Duarte Miranda, outro membro da comunidade, que aponta para a possibilidade de serem definidos percursos mais utilizados ou elaborar um mapa de declives da cidade ou ainda criar uma rede de cafés ‘bike friendly’.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE