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Motoristas dos SMTUC marcam uma semana de greve nas eleições autárquicas (com video)

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 01-06-2021

Os motoristas dos transportes públicos urbanos de Coimbra decidiram hoje em plenário marcar uma semana de greve antes e no dia das eleições autárquicas, se até lá não forem atendidas as reivindicações sobre progressão carreira, categoria profissional e vencimentos.

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Para o presidente da Comissão de Trabalhadores dos SMTUC, Carlos Cristina, trata-se de um problema de desvalorização salarial e do exagerado aumento do tempo de progressão nas carreiras, que agora só se efetua de dez em dez anos, em vez dos quatro da lei anterior. “Um trabalhador para chegar ao topo da carreira tem de trabalhar 80 anos… ninguém consegue”, desabafa Carlos Cristina em entrevista em

O representante da Comissão de Trabalhadores disse que hoje entregaram um aviso de greve de uma semana, de segunda-feira antes até ao dia das eleições autárquicas.

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O motorista recordou que só a carta de condução profissional de pesados de passageiros custa cerca de cinco mil euros e que cada trabalhador leva pouco mais do que o ordenado mínimo para casa no final do mês. Lembra ainda que estão com dupla função, “de cobrador e motorista” e a receber o mesmo há pelo menos dez anos.

Na ausência do presidente da Câmara, os trabalhadores foram recebidos pelo chefe de gabinete e marcaram formalmente mais uma reunião para debater as questões laborais, conforme relataram ao megafone.

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“O senhor presidente da Câmara sabia que nós vínhamos cá entregar a moção e não estava cá para nos receber. Deixámos a moção e marcámos uma reunião.” – disseram à saída dos Paços do Município.

Na falta do presidente, houve candidatos ao cargo, para fazer as promessas pré-eleitorais e aparecer ao lado dos manifestantes.

O primeiro a falar aos trabalhadores foi Francisco Queiroz. O vereador da CDU e candidato pela mesma coligação, incentivou os motoristas a pedir à Associação Nacional de Municípios e à Câmara, ambas presididas pelo socialista Manuel Machado, para pressionarem no sentido de alterar a lei “que os tem vindo a afetar” nas carreiras “há treze anos”, propondo que a mesma “vá para o caixote do lixo da história.

O comunista, que também faz parte do Conselho de Administração dos SMUTC, afirmou que o PCP votou contra a lei e intsou os motoristas a lutar para verem “reconhecida a função” O argumento foi este: “um vereador é só um vereador e um membro do CA é só um membro do CA”, disse. Francisco Queiroz sublinhou que “há quem tem o poder muito acima, é presidente da Associação Nacional de Municípios e é do mesmo partido do primeiro-ministro”.

A seguir surgiu o candidato dos sete partidos e movimentos, que começou or dizer que não é “um político profissional de fazer falsas promessas”. José Manuel Silva, vereador do Somos Coimbra e candidato do movimento com o apoio PSD, afirmou que “há soluções ara resolver de forma parcial quer através de um subsídio de risco, quer através da passagem [da categoria] de assistentes operacionais a assistentes técnicos] com equiparação de curriculo e de vencimentos”.

José Manuel Silva afirmou-se “amigo” dos motoristas nas reuniões de Câmara por não dever “obediência a nenhuma hierarquia partidária” de Lisboa. Considerou a situação “indigna” e disse que merece ser resolvida e que já tem marcada uma ação com a comissão de trabalhadores dos SMTUC.

 

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