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Coimbra

Morreu o poeta e professor universitário Carlos Carranca

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 29-08-2019

O poeta e professor do ensino superior Carlos Carranca morreu hoje aos 61 anos, em Lisboa, após internamentos diversos no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, disseram amigos à agência Lusa.

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Autor de vários livros de poesia, biografia e investigação, Carlos Alberto Carranca de Oliveira e Sousa nasceu na Figueira da Foz, em 1957, mas estava ligado por laços familiares e afetivos à Lousã e a Coimbra.

Licenciado em História e doutorado em Língua e Cultura Portuguesa, era também ensaísta, declamador, animador cultural e cantor, especialmente intérprete e divulgador da música de Coimbra, tendo escrito a biografia do seu amigo Luiz Goes, uma das vozes que marcaram o panorama cultural da cidade do Mondego, em meados do século XX.

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Adepto da Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol (AAC/OAF) desde a juventude, Carlos Carranca integrava atualmente o Conselho Académico do clube de futebol dos estudantes.

“Sócio da Académica há 49 anos, deixa-nos um forte exemplo de amor pela Briosa e dedicação à nossa causa”, afirmou o clube, ao lamentar a morte do associado número 266 e apresentando “as mais sentidas condolências” à família e aos amigos do falecido.

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Numa nota, a direção da AAC/OAF salienta que ele era um “estudioso das tradições populares e académicas de Coimbra”, mas “foi como poeta que se tornou conhecido”, com três livros ligados à temática coimbrã: “Serenata Nuclear”, “7 Poemas para Carlos Paredes” e “Coimbra à Guitarra”.

O intelectual e professor universitário Urbano Tavares Rodrigues, que morreu em 2013, definiu Carlos Carranca, especialista na obra literária de Miguel Torga, como “um D. Quixote que se revela contra a mesquinhez do mundo e cavalga, à procura de si, de um sentido, de um segredo, de um sinal”.

“Apesar de ter partido um poeta, um romântico, um academista, um homem bom, fica entre nós o seu legado, a sua escrita, a sua inconfundível voz, a sua amizade, porque um poeta nunca morre”, escreveu hoje o vice-presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Cidade.

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