Moinhos de Condeixa não são águas passadas

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 11-07-2017

 

PUBLICIDADE

Contam-se cerca de cem moinhos por todo o concelho de Condeixa-a-Nova. Fazem prova de um passado em que a moagem dos cereais provia ao sustento de muitas famílias. Através de mais um roteiro inédito, o ciclo de viagens “Histórias da Vila” procurou mostrar toda a riqueza de um património que não deve cair no esquecimento.

condeixa

PUBLICIDADE

publicidade

A população já se habituou à presença dos tuk tuk. E em mais um domingo, estes veículos voltaram a fazer-se à estrada para, durante aproximadamente uma hora, seguir a rota “Moinhos de Condeixa: Fonte de Vida”. Fátima Bandeira e Rosário Grilo, representantes da Associação Sempre a Aprender, orientaram a visita, assegurando todas as explicações aos participantes que, uma vez mais, fizeram esgotar rapidamente as inscrições disponíveis.

O percurso teve início na Ribeira, junto à ponte do Barroso. O topónimo diz tudo. Para ali confluem muitas das águas que nascem em Alcabideque e que correm ao longo da vila de Condeixa, alimentando vários ribeiros. Noutros tempos, estas águas faziam mover, à sua passagem, uma quantidade muito significativa de moinhos, estrategicamente localizados.

PUBLICIDADE

Sendo certo que muitos desses engenhos já desapareceram e que de tantos outros restam apenas ruínas, fez-se paragem em Cadoz para visitar um exemplar que, embora desativado, se encontra em perfeito estado de conservação. Filha de moleiro, Helena Cera Devesa recebeu os participantes e com eles partilhou as suas inestimáveis memórias.

O Avenal, lugar afeito às lides agrícolas e, em particular, à cultura do milho e do arroz, foi outro local a visitar mais demoradamente. Muitos são os vestígios que deixam perceber a elevada concentração de moinhos que existia naquela zona. Separados por poucos metros, encontram-se dois, ainda em pleno funcionamento. O primeiro pertence a Teresa Vaz Pato, moleira há mais de cinquenta anos; o outro é propriedade de Albino Simões que, retirado já por força da idade, encontrou na família mais direta – filho e netos – quem assegurasse o ofício.

Houve ainda a possibilidade de visitar a capela do Avenal, a única, de entre as quarenta e cinco capelas do concelho, consagrada a S. Tomé.

Terminada a visita, os tuk tuk trouxeram os participantes de regresso à Urbanização Quinta do Barroso, onde foi servido um lanche. O pão não poderia faltar, assim como alguns dos mais tradicionais produtos do concelho, como o queijo de Sicó ou a escarpiada.

Lançado no final do ano passado, o projeto “Histórias da Vila” tem dado um contributo importante para a valorização do património cultural, paisagístico e gastronómico, procurando preservar as memórias populares acerca do passado de Condeixa e transmiti-las às gerações mais novas.

A próxima viagem está marcada para o dia 16 de julho, e tem como tema “Sebal: Quintas e Casas Senhoriais”.

As inscrições estão abertas em www.cm-condeixa.pt.

Related Images:

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE