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Ministro do Brasil diz que “Estado quebrou” e que saúde pública será prejudicada

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 27-04-2021

O ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, afirmou hoje que “o Estado quebrou” e que será “impossível” atender a toda a procura crescente na área da saúde pública, devido à escassez de recursos, noticiou a imprensa local.

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“O Estado quebrou. (…) Todo o mundo vai procurar serviço público e não há capacidade instalada no setor público para isso. Vai ser impossível”, declarou Guedes, durante uma reunião do Conselho de Saúde Complementar, citado pelo portal de notícias G1.

O ministro não responsabiliza a atual pandemia de covid-19 por tirar a capacidade de atendimento do setor público de Saúde, mas sim “o avanço na medicina” e “o direito à vida”.

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“Todo mundo quer viver 100 anos, 120, 130 [anos]”, declarou Guedes, acrescentando que “não há capacidade de investimento para que o Estado consiga acompanhar” a procura crescente por atendimento médico.

O ministro da Economia declarou também que o poder público no Brasil gasta demasiado, sofre com corrupção e não sabe gerir bem o dinheiro público, prevendo que o setor privado responderá pela maior parte do atendimento na área da saúde no país, futuramente.

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Essa mesma reunião ficou marcada por uma declaração polémica de Paulo Guedes, de que os chineses “inventaram” o novo coronavírus e que a vacina do país asiático contra a doença é “menos efetiva” do que o imunizante da Pfizer, dos Estados Unidos da América.

“O chinês inventou o vírus e a vacina dele é menos efetiva que a do americano. O americano tem 100 anos de investimento em pesquisa. Então ‘os caras’ [os sujeitos] falam: qual é o vírus? É esse? Está bom. Descodifica. Está aqui a vacina da Pfizer. É melhor que as outras”, afirmou.

Guedes aparentou não saber que a reunião estava a ser gravada e transmitida em direto nas redes sociais. Ao ser informado, o ministro pediu para que o encontro não fosse publicado: “Não mandem para o ar, por favor”, segundo a imprensa local.

Posteriormente, o vídeo foi apagado da página do Ministério da Saúde na rede social Facebook devido a um problema técnico, segundo justificaram membros do executivo.

A acusação de que a China teria inventado a covid-19 tem sido constantemente rebatida por Pequim, mas vários membros do Governo brasileiro, assim como filhos do Presidente, Jair Bolsonaro, têm defendido publicamente essa tese.

O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente do Brasil, e o agora ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo chegaram a culpar a China pela disseminação do novo coronavírus, o que criou um mal-estar com Pequim.

Já Bolsonaro, um dos líderes mundiais mais céticos em relação à gravidade da pandemia, chegou a questionar a eficácia do imunizante chinês, referindo-se recentemente como “a vacina daquele país”.

O Brasil enfrenta atualmente a pior fase da pandemia, com 391.936 óbitos e 14.369.423 infeções.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.122.150 mortos no mundo, resultantes de mais de 147,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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