Ministro da Saúde diz que vai criar condições para pagar dívida aos fornecedores

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 15-11-2017

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse hoje em Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, que o Governo pretende, até ao final da legislatura, criar condições para contrariar o ciclo de regeneração da dívida aos fornecedores do setor.

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ADALBERTO CAMPOS FERNANDES

“Temos de entrar num quadro de normalidade de relação entre o Estado e os agentes económicos, porque não é bom para o Estado acumular pagamentos em atraso nem dívida, como também não é bom para as empresas entrarem num ciclo de endividamento e de dificuldades de tesouraria”, salientou o governante.

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Falando aos jornalistas no final da inauguração da requalificação e modernização da Unidade de Produção Farmacêutica da Farmalabor, do Grupo Medinfar, Adalberto Campos Fernandes referiu que o objetivo do Governo é “criar condições para que o ciclo de regeneração da dívida seja contrariado e que cheguemos ao final da legislatura com uma relação saudável, normal de fornecedor e comprador”.

Na segunda-feira, ao ser ouvido nas comissões parlamentares de Saúde e Finanças, o ministro da Saúde anunciou que vão ser transferidos, até ao final do ano, 1,4 mil milhões de euros para a regularização das dívidas aos fornecedores do setor.

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Adalberto Campos Fernandes sublinhou que, com a transferência deste valor, dá-se início a um novo ciclo nas contas da Saúde, mais aproximado da estabilidade.

No terceiro trimestre deste ano, os pagamentos em atraso ascendiam a 2.072 milhões de euros.

A modernização da unidade da Farmalabor, em Condeixa-a-Nova, representou um investimento de 2,5 milhões de euros, o que, na opinião do ministro da Saúde, ajuda a “projetar o país que nos interessa, que é um país igual, equilibrado, onde os empresários e os autarcas, com uma cumplicidade estratégica importante, criam emprego, economia e valor”.

Segundo João Almeida Lopes, presidente do Grupo Medinfar, aquele investimento vai aumentar a produção da unidade em 30% a 40% e dar “ainda mais qualidade, mais competitividade e ainda mais segurança relativamente aos medicamentos que produzimos”.

Com cerca de três centenas de trabalhadores, metade dos quais na unidade de Condeixa-a-Nova, grupo exporta para mais de 40 países de todo o mundo e, até final do ano, deve atingir as 20 milhões de unidades produzidas e uma faturação na ordem dos 70 milhões de euros.

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