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Educação

Ministro da Educação critica rankings que apenas ordenam escolas por notas

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 08-07-2022

O ministro da Educação criticou os ‘rankings’ que ordenam as escolas apenas pelos resultados obtidos nos exames nacionais, recordando que existem mais de 50 indicadores que permitem aferir a qualidade do trabalho desenvolvido nos estabelecimentos de ensino.

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“Não reconheço nos ‘rankings’, que são meras hierarquizações de escolas, um grande indicador sobre a qualidade do trabalho que se faz nas escolas”, disse João Costa em declarações à Lusa, no âmbito da divulgação de várias listas de estabelecimentos realizadas pelos órgãos de comunicação social com base em dados disponibilizados pelo Ministério da Educação.

Uma das listas mais criticada pelo ministério é a que se limita a hierarquizar as escolas por resultados médios obtidos nos exames nacionais, ignorando os contextos socioeconómicos das comunidades escolares.

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“Nós temos produzido ao longo dos últimos anos muitos indicadores de desempenho nas escolas, temos mais de cinco dezenas de indicadores que nos permitem aferir a qualidade do trabalho desenvolvido”, sublinhou.

Desde 2016, o Ministério tem investido na produção de indicadores para conseguir “um bom retrato, mais rico e mais denso”, que permita “não saltar para conclusões fáceis” quando se fala em escolas e sistema educativo português.

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Da lista de 56 indicadores, João Costa salientou o da equidade, porque “permite avaliar a qualidade do trabalho das escolas não apenas em função dos resultados finais absolutos, como é tradicionalmente referida a qualidade da escola, mas como cada escola promove o trabalho com os alunos em função do seu perfil”.

Através do indicador da equidade é possível perceber o trabalho da escola, já que há uma comparação entre alunos com o mesmo perfil socioeconómico que permite perceber “quão longe a escola os leva”.

O indicador da equidade avaliar a situação dos alunos mais carenciados, que têm Apoio Social Escolar (ASE).

Os dados divulgados pelo Ministério revelam uma melhoria constante dos resultados académicos com estudantes com ASE, sendo que são cada vez menos os que chumbam ou desistem de estudar.

“Nós temos tido um grande resultado em Portugal na melhoria dos resultados escolares e na redução do abandono escolar e isso é fruto de muitas medidas que têm vindo a ser desenvolvidas, desde o Programa Nacional de Sucesso Escolar, desde o foco da inclusão como indicador de qualidade das escolas. Há aqui um compósito de medidas que são um grande esforço das escolas e um grande trabalho dos nossos professores”, disse.

Apesar das melhorias, para o ministro, a situação escolar dos alunos mais carenciados “é ainda um grande desafio” e “é ainda aí que tem de estar o foco das politicas de educação”.

“É um indicador que nos permite dizer que pobreza não é fatalismo”, afirmou João Costa, sublinhando que os indicadores revelam que existem “escolas em contextos semelhantes, com alunos com os mesmos índices de pobreza que os levam mais longe do que outras”.

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