Coimbra

Ministra diz que números sobre SNS não são resposta a críticas sobre falta de preparação  

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 26-10-2020

A ministra da Saúde, Marta Temido, vincou que números sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) hoje apresentados não representam uma resposta às críticas dos últimos dias por várias entidades ouvidas pelo Presidente da República.

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“Estamos preocupados em responder às necessidades em saúde dos portugueses, não temos uma agenda para responder a outras circunstâncias. A única preocupação que temos é a resposta às necessidades e preocupações dos portugueses”, afirmou a governante, em conferência de imprensa, quando questionada sobre as críticas de antigos ministros da Saúde e organizações do setor feitas à margem de audiências com Marcelo Rebelo de Sousa sobre a preparação do SNS para uma segunda vaga da pandemia.

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Marta Temido justificou esta clarificação dos dados sobre a capacidade instalada do SNS e os níveis detalhados de ocupação pelas diferentes regiões com a perceção de que “as pessoas não estavam a conseguir ter uma visão de conjunto” sobre a atual realidade do SNS, entendendo ainda que estas informações são “a melhor forma de apelar à participação neste esforço” de combate à pandemia.

“Podem contar da parte do SNS com cerca de 17.000 camas de internamento em enfermaria médico-cirúrgica e 800 camas de cuidados intensivos numa situação já muito extremada de preparação para resposta a picos de afluência. O SNS tem limites e temos o dever de proteger essa capacidade”, observou, sublinhando que “as regiões não estão fechadas à chave” e que, “se houver necessidade, o Ministério da Saúde fará a gestão entre as regiões”.

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Perante o agravamento dos números de casos e óbitos de covid-19, com a quebra contínua de recordes ao longo de outubro, a governante realçou que “não há tempo a perder” na resposta ao novo coronavírus e que “é necessário que cada um faça o que estiver ao seu alcance para parar a transmissão da infeção” na sociedade.

“O que fizermos hoje terá impacto nos contágios que acontecerem amanhã, e os contágios que acontecerem amanhã terão impacto nas hospitalizações na semana a seguir e, eventualmente nos internamentos em unidades de cuidados intensivos e nos óbitos”, sentenciou, depois de apresentar projeções que apontam para a quebra de máximos de internamentos em enfermaria e cuidados intensivos no início de novembro.

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