Ministra diz em Coimbra que expectativas sobre serviços públicos são iguais às dos privados

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 13-04-2018

As expectativas dos utentes dos serviços públicos são tão exigentes quanto em relação às empresas privadas, defendeu hoje, em Coimbra, a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.

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“Os utentes dos serviços públicos”, que são os “clientes” do Estado, têm as mesmas expectativas e exigências tão elevadas em relação a estes serviços como as que têm em relação às empresas, disse Maria Manuel Leitão Marques, que falava hoje no Fórum de Inovação Coimbra Summit, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, a cujo quadro de docentes pertence.

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Isto significa que a administração pública está, atualmente, colocada numa “situação semelhante à das empresas privadas” e, assim, perante o mesmo desafio destas, que é “atrair pessoas inovadoras”, criar e “importar conhecimento, experimentar, “fazer protótipos” e testá-los “antes de ser postos no terreno, para não falharem”, sublinhou a ministra.

“Para uma empresa é incontornável que tem de ser inovadora, que tem de convencer os seus clientes a comprarem os seus produtos”, porque estes são bons e têm utilidade, sob pena de “desaparecer do mercado”, mesmo que ocupe nele “uma posição de relativo monopólio”, destacou.

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Mas “para o Estado, para a administração pública”, isso não era, até há algum tempo, “tão evidente, porque não está sujeito a concorrência” – embora, nalguns aspetos, como em relação à atração de investimentos estrangeiros, por exemplo, haja concorrência, ressalvou.

Hoje, contudo, “a pressão para a inovação é maior”, até porque maior é também a exigência dos cidadãos.

Além disso, a administração pública precisa, cada vez mais, de prestar “melhores serviços e de ter “serviços mais eficientes” para “não gastar mal” e para “administrar melhor os impostos”, que são “o dinheiro que os cidadãos” lhe entregam, salientou Maria Manuel Leitão Marques.

Durante o período de perguntas e respostas – e mantendo o registo de uma aula, questionando mesma a plateia (maioritariamente de estudantes da Faculdade de Economia de Coimbra –, a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa defendeu a redução do défice público português.

“Se não reduzirmos o défice, perdemos credibilidade internacional e os juros [da dívida] sobem. Se reduzirmos o défice, temos maior credibilidade, os juros baixam e diminui a dívida”, sustentou.

O Governo defende a inscrição no Programa de Estabilidade de uma meta de défice de 0,7%, este ano, em vez de 1,1%, como antes estava previsto, medida que tem vindo a ser contestada sobretudo pelo Bloco de Esquerda, considerando designadamente que ela contraria o acordo de apoio à atual solução governativa.

“Não há nenhuma medida ou política que vá ser revista para se cumprir o défice. O défice será cumprido, cumprindo tudo aquilo com que nos comprometemos com os portugueses, com o PEV, PCP e Bloco de Esquerda. Não damos o dito por não dito”, assegurou, hoje, o primeiro-ministro, António Costa.

O Fórum de Inovação Coimbra Summit, de decorre hoje, integra-se no programa da fase final das V Olimpíadas da Economia e do Dia Aberto na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

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