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Ministra da Administração Interna reafirma que não se demite

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 13-10-2017

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, reafirmou hoje, no parlamento, que não se demite na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande.

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A ministra da Admnistração Interna, Constança Urbano de Sousa, durante a audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, na Assembleia da República em Lisboa, 6 de dezembro de 2016. TIAGO PETINGA/LUSA

“Não vou pedir a demissão, senhor deputado”, disse ao deputado centrista Nuno Magalhães num debate no parlamento, pedido pelo PSD, sobre o relatório técnico independente sobre os incêndios de junho que provocaram a morte de mais de 60 pessoas e que na quinta-feira foi conhecido.

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Como o PS e os partidos de esquerda, a ministra afirmou que ainda não foi possível examinar com profundidade o relatório, o que impede um “debate sério”, mas admitiu que houve falhas e que num Conselho de Ministros extraordinário, no dia 21, serão tiradas conclusões.

No debate o PSD pediu por várias vezes que o Governo peça desculpas aos portugueses sobre o que aconteceu em junho passado em Pedrógão Grande, com o CDS-PP a pedir a demissão de Constança Urbano de Sousa.

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O relatório foi entregue na quinta-feira na Assembleia da República e analisa os fogos ocorridos entre 17 e 24 de junho nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Penela, Oleiros, Sertã, Góis e Pampilhosa da Serra. O incêndio deflagrou em Pedrógão Grande, tendo alastrado a vários municípios vizinhos e provocado 64 mortos e mais de 200 feridos.

O documento, nas palavras do deputado do PSD Luís Marques Guedes, é o primeiro ato de justiça para as famílias, não havendo agora espaço “para adiar ou fugir à assunção de responsabilidades”.

“O Estado falhou” e cabe ao primeiro-ministro “pedir desculpa em nome do Estado”, disse o deputado, afirmando depois que o PSD vai pedir a avocação em plenário de artigos da lei de compensação das vítimas que foram chumbados em comissão especializada.

Fernando Rocha Andrade, pelo PS, disse ser manifesto que houve falhas operacionais, mas lamentou que a “única preocupação do PSD” é “que alguém seja colocado no pelourinho”.

Sandra Cunha, do Bloco de Esquerda, António Filipe, pelo PCP, e Heloísa Apolónia, do partido ecologista Os Verdes, tiveram discurso similar, coincidindo na ideia de que é cedo para tirar conclusões de um relatório que foi apresentado há menos de um dia.

Ao contrário, PSD e CDS-PP consideraram ser o momento para se debater o que aconteceu em Pedrógão Grande, que, segundo Nuno Magalhães, resultou de incompetência. “A começar pela sua, senhora ministra”, disse, acrescentando que o Governo vai demitir o presidente da Proteção Civil mas que isso não chega e o CDS-PP não vai deixar que chegue.

Carlos Abreu Amorim, pelo PSD, pediu também a Constança Urbano de Sousa que assuma “as suas responsabilidades políticas”, considerando que “mudanças em mais de dois terços da Proteção Civil” fizeram ruir a instituição.

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