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Metrobus “roda” a caminho de hospital de Coimbra

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 19-02-2021

A criação do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) está a avançar e já tem várias frentes de obra em curso. Desde logo, a conclusão da Via Central para a passagem do Metrobus na Baixa de Coimbra, mas também trabalhos de reforço dos pilares da Ponte da Portela, onde vai passar o troço Serpins/Alto de S. João, que também já está com a empreitada em curso. Já na próxima reunião de segunda-feira, o executivo municipal vai analisar e votar o projeto de execução da Linha do Hospital, apresentado pela Infraestruturas de Portugal. Recorde-se que em janeiro o Governo e a comissária europeia Elisa Ferreira anunciaram que a Comissão Europeia aprovou a contribuição financeira de 60 milhões de euros, num total do montante de investimento elegível de mais de 89 milhões de euros, para avançar com as obras e concursos do SMM.

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Está em curso a implementação do SMM, uma rede de autocarros elétricos (Metrobus) que vai ligar Serpins (Lousã) e Coimbra B, com uma linha urbana até ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, numa extensão total de 42 quilómetros. Uma das obras em curso é a abertura da Via Central, que vai ligar a frente do rio Mondego à Rua da Sofia, e que vai permitir a passagem do Metrobus no coração da cidade, para além de reabilitar uma área urbana degradada, contribuindo para a melhoria e requalificação de uma zona de proteção do bem classificado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.

É precisamente esse troço do SMM que o executivo municipal vai abordar na próxima segunda-feira, com a análise do projeto de execução da Linha do Hospital. Esta linha faz a ligação direta da Baixa de Coimbra e da Linha da Lousã à zona de Celas, onde se localiza um importante complexo de saúde (CHUC, IPO, Hospital Pediátrico), duas Faculdades (Medicina e Farmácia), bem como vários Institutos de Investigação e outros equipamentos de importância estratégica para a cidade e para a região

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É precisamente esta Linha do Hospital que terá uma paragem na Praça da República, junto ao TAGV, e que fará o transbordo dos passageiros que pretendam ir para o Polo I da Universidade de Coimbra. Neste sentido, e para tornar este curto trajeto mais confortável e inclusivo, a CM Coimbra já estudou e produziu um projeto base de arquitetura para a instalação de elevadores verticais na encosta lateral direita das Escadas Monumentais. Uma solução mais confortável e inclusiva para melhorar as acessibilidades entre a Praça da República e a Praça Dom Dinis.

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O início deste troço situa-se junto à Av. Cidade Aeminium, que a CM Coimbra também está já a requalificar, e segue até à Av. Fernão de Magalhães, atravessando-a e continuando sobre o traçado existente da Via Central. Na chegada à Rua da Sofia foi detetada uma interferência entre o canal do Metrobus e a “Casa Aninhas”, que é um edifício municipal, para a qual a autarquia apresenta como solução uma nova ligação pedonal entre a Praça 8 de Maio e a Via Central. Essa ligação será realizada através do piso térreo do corpo posterior da “Casa Aninhas”, que será então aberto ao público. Esta solução que passa pela criação de uma praça deverá ser também aprovada na reunião do executivo municipal da próxima segunda-feira.

O canal Metrobus segue depois ao longo da Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes e Av. Sá da Bandeira. Aqui o canal surge implantado de forma separada, isto é, as vias acompanham o separador central, tanto no sentido descendente como sentido ascendente.

Na Praça da República volta a ser uma única via junto ao separador central, alinhado à esquerda do sentido de circulação, o facilita os movimentos de entrecruzamentos do tráfego ligeiro individual com os arruamentos circundantes, evitando interrupções no tráfego que circula no canal Metrobus. Neste local o pavimento empedrado será mantido e será materializado outro pavimento, do tipo flexível, para o canal Metrobus.

O troço segue depois para a Rua Lourenço de Almeida Azevedo, já em perfil bidirecional, sendo ainda necessária uma via de trânsito de sentido descendente e uma faixa de estacionamento longitudinal. Para preservar as espécies arbóreas aqui existentes, a CM Coimbra considera que devem ser garantidas soluções técnicas que minimizem os impactos e assegurem a estabilidade e sobrevivência das árvores após a obra. A IP apresenta uma solução de alteamento da cota da via Metrobus e arruamento adjacente para o nível dos passeios, mantendo assim a solução rodoviária estabelecida sem afetar gravemente a cortina arbórea existente.

Já na Rua Augusto Rocha, o canal Metrobus está implantado no lado esquerdo, com uma via banalizada, ascendente. São garantidos alguns lugares de estacionamento no troço inicial, sendo suprimido o estacionamento no troço restante. Já a direção descendente da Linha do Hospital entre o nó de Celas e a Rua Lourenço de Almeida Azevedo encontra-se implantada na Rua Augusta (lado esquerdo para quem desce) e Rua do Instituto Maternal (lado direito do sentido descendente). A solução apresentada para o nó de Celas prevê afastar as duas vias de Metrobus apenas no troço entre a rotunda de Celas e a Praça Machado de Assis, de forma a criar um separador central que funcione como zona de refúgio para garantir o atravessamento de peões em segurança. A autarquia considera que deverá ser dada especial atenção ao tratamento paisagístico da zona central da rotunda e enquadramento da Cruz de Celas.

O segmento final desta linha segue pela Alameda Armando Gonçalves até ao cruzamento com a Rua de São Teotónio, junto da Praceta Mota Pinto. O perfil existente é composto por duas vias em cada sentido, incluindo um separador arborizado. O canal é colocado ao centro da alameda com acesso pedonal garantido nos topos através de passagens de peões em ambos os lados. É salvaguardada uma faixa de proteção com vegetação arbustiva como dissuasor do atravessamento de peões fora das passagens.

A execução da Linha do Hospital vai obrigar a condicionamentos de trânsito e estes desvios também vão ser analisados na reunião do executivo municipal. 

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