“Metrobus é melhor que nada”

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 02-06-2017

O presidente do município de Miranda do Corvo, Miguel Baptista, disse hoje que a solução de mobilidade apresentada pelo Governo entre Lousã e Coimbra não era aquela que defendia, mas que a decisão é melhor do que “nada”.

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miguel baptista

“Defendíamos outra solução, mas entre nada e esta solução vamos, um pouco contrariados, aguardar pela execução do sistema”, salientou o autarca, no final da sessão em que técnicos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) apresentaram um estudo para a introdução do denominado “sistema metrobus” no canal do ramal ferroviário da Lousã, encerrado há sete anos para obras que depois pararam, e na área urbana de Coimbra.

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Miguel Baptista lembrou que, “no passado, havia muitos utentes que defendiam solução de comboio e não aceitavam a solução de metro ligeiro de superfície, que esteve projetada. Na altura, também pelo Governo à época foi dito: ou é a solução metro ou nada e as Câmaras aceitaram, embora um pouco condicionadas, essa solução, e agora estamos perante uma solução semelhante.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse hoje que o novo projeto de mobilidade entre Lousã e Coimbra prevê uma solução “mais favorável” para as populações do que a ferrovia ou o metro ligeiro.

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À chegada a Miranda do Corvo, Pedro Marques era aguardado por cerca de duas dezenas de defensores da ferrovia, que empunhavam cartazes a exigir a reposição da ferrovia entre Serpins (Lousã) e Coimbra e a assistiram à apresentação da solução “metrobus”, que foi bastante criticada no final.

O governante afirmou, na sessão pública, que o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), com autocarros elétricos em vez de transporte sobre carris, levará três anos e meio a entrar em funcionamento, com o prazo contado a partir de hoje.

O governante, responsáveis do LNEC e da Infraestruturas de Portugal (IP) realçaram que o estudo procura responder a exigências da União Europeia, designadamente ao nível da sustentabilidade financeira e ambiental do investimento, que vai substituir o sistema de metro projetado há 21 anos pelo Estado e os três municípios que integram a Metro Mondego.

O projeto de mobilidade para o ramal ferroviário e a cidade de Coimbra com que o Governo se comprometeu junto das autarquias envolvidas deverá custar 89,3 milhões de euros.

“Tínhamos uma solução prevista que acabou por não ser implementada, foram apresentadas razões para esta nova solução. Não era aquela que ambicionávamos, todavia, a decisão está do lado do Governo e aquilo que exigimos é um sistema de mobilidade que assegure transporte para Coimbra com capacidade, segurança, que é fundamental, com rapidez, que garante tempos de viagem semelhantes àqueles que tínhamos no comboio, e que seja rapidamente assegurado”, disse Miguel Baptista.

O presidente do município de Miranda do Corvo mostrou-se confiante com as garantias do ministro Pedro Marques, salientando que “o Governo não tem desiludido, tem obtido bons resultados, alguns além das melhores expectativas, pelo que também neste dossiê penso que vai dar provas de funciona e executa bem”.

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