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Metade dos portugueses sem receio de perder emprego

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 04-05-2021

Foram hoje apresentados os resultados do Randstad Employer Brand Research (REBR) 2021, o maior estudo independente de employer branding realizado pela Kantar, que analisa anualmente as principais tendências do mercado de trabalho e dá a conhecer as empresas e sectores mais atrativos para trabalhar em 34 países, incluindo Portugal.

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Este ano os resultados do estudo refletem já a perceção dos portugueses num contexto de pandemia, permitindo identificar quais as principais mudanças no mundo do trabalho e as tendências que vão marcar o futuro. Das várias conclusões, a mais inesperada mostra que num ano especialmente desafiante perto de metade (48%) dos portugueses não tem medo de perder o seu emprego em 2021.

Apesar deste sentimento mais otimista, 1 em cada 3 indivíduos sente um certo grau de preocupação quando se trata de poderem manter o seu emprego no próximo ano. As mulheres (33%) estão mais preocupadas do que os homens (27%), o que está de acordo com o facto de, no ano passado, terem já visto a sua situação de emprego mudar com mais frequência do que os homens. O mesmo se aplica a 39% dos trabalhadores menos qualificados que estão mais preocupados em perder o seu emprego.

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Cerca de 2 em cada 5 trabalhadores portugueses são atraídos pela possibilidade de trabalhar remotamente. As mulheres, os trabalhadores mais qualificados e os grupos etários mais velhos (55 anos ou mais) são os que se mostram mais inclinados para este modelo de trabalho. Apenas 2% dos colaboradores que podem trabalhar a partir de casa não estão autorizados a fazê-lo pelo seu empregador. Além disso, para 26% dos trabalhadores, os empregos estão vinculados às instalações, o que torna impossível trabalhar a partir de casa ou de outro lugar.
Sobre a influência da pandemia na adoção do trabalho remoto, cerca de metade (52%) afirma que passou a trabalhar em casa. Os colaboradores mais qualificados foram os mais propensos a trabalhar mais horas do que o habitual (11%), muito embora a maioria considere que trabalha o mesmo.
A forma como as organizações têm apoiado os seus funcionários e lidaram com a pandemia teve um impacto positivo na lealdade entre os trabalhadores portugueses. Pelo menos 60% dos trabalhadores sente agora que são mais leais em oposição a 5% que se sentem o contrário

Salário continua a ser o mais importante na hora de escolher a empresa para a qual se vai trabalhar.

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Em 2021, e com a possibilidade de escolherem várias opções, os portugueses consideram que o ‘salário e benefícios atrativos’ (71%) continua a ser o mais importante na hora de escolher um empregador. A única exceção é na geração dos 55 aos 64 anos onde a estabilidade profissional é mais valorizada (72%). A nível nacional, o ‘equilíbrio trabalho-vida pessoal’ (66%) e estabilidade profissional’ (66%) ocupam o segundo lugar ex aequo seguidos do ‘ambiente de trabalho agradável’ (65%) e da ‘progressão de carreira’ (64%).

De acordo com o REBR 2021, 9% dos colaboradores portugueses mudaram de empregador nos últimos 6 meses (mais ainda entre as mulheres e os trabalhadores mais jovens). Além disso, 20% pretendem mudar de empregador nos próximos 6 meses. Os canais mais utilizados por quem pretende mudar de emprego são as ligações pessoais (38%) e os portais de emprego (34%).

A diversidade e inclusão está em 13º lugar nos critérios mais valorizados pelos portugueses. Um número que é mais representativo por causa das mulheres (43% face aos 34% dos homens). Mas este não é o único critério que as mulheres valorizam mais do que os homens: conciliação entre a vida pessoal e profissional (70% vs 63%), bom ambiente de trabalho (69% vs 61%) e covid-19 segurança no trabalho (53% vs 45%) são os critérios onde existem maiores diferenças. Em sentido contrário, a saúde financeira, a utilização de tecnologias recentes e a boa reputação são fatores mais valorizados pelos homens.

As gerações também têm diferentes opiniões. A conciliação entre a vida pessoal e profissional ganha destaque na geração millenial e X, enquanto os Z valorizam o ambiente de trabalho e a progressão de carreira. Na relação com tecnologias recentes é interessante verificar que são os baby boomers que mais valorizam este critério, enquanto que as gerações nativas digitais não dão tanta importância a este critério.

Em termos de qualificações é interessante verificar que a estabilidade profissional preocupa quem tem mais qualificações, os mesmo que valorizam a progressão de carreira, a possibilidade de trabalhar remoto e a conciliação entre a vida pessoal e profissional. As pessoas com menores qualificações destacam os salários e a estabilidade profissional.

Top 20 das empresas mais atrativas para trabalhar

A Delta Cafés ficou no primeiro lugar do top 20 de empregadores de 2021. Uma subida de 5 posições face aos resultados de 2020.
“Os resultados deste ano já refletem o impacto da pandemia na percepção dos portugueses, dando destaque a marcas que se mostraram muito ativas e próximas dos seus colaboradores, como é o caso da Delta Cafés. No mesmo sentido e apesar do impacto da pandemia em sectores como o turismo e aviação vemos algumas destas marcas “sobreviver” a este embate pela forma como geriram a crise”, afirma José Miguel Leonardo, CEO da Randstad Portugal.”O employer brand mostra neste estudo que não está de quarentena e reforça a sua importância na atração e retenção de talento”.
“É com grande orgulho que vemos a Delta Cafés ser reconhecida como a empresa mais atrativa para trabalhar, de acordo com o Randstad Employer Brand Research 2021. Num ano tão desafiante como foi o de 2020, e que continua a ser 2021, o bem-estar e a segurança de quem trabalha connosco tem sido a nossa maior preocupação. Sentir que as iniciativas implementadas não só deram resultados mas que também são reconhecidas pela maioria dos portugueses, deixa-nos a responsabilidade acrescida de fazer mais e melhor no desenvolvimento e crescimento das nossas pessoas”, afirma Rui Miguel Nabeiro Administrador do Grupo Nabeiro – Delta Cafés.
A lista completa do top-20 das empresas mais atrativas para trabalhar é a seguinte:
1. Delta Cafés
2. ANA – Aeroportos de Portugal
3. PWC
4. OGMA – indústria aeronáutica de Portugal
5. RTP – Rádio e Televisão de Portugal
6. Ikea Portugal
7. Banco de Portugal
8. Nestlé
9. Nokia
10. Farfetch
11. Deloitte
12. Volkswagen Group Services
13. Corticeira Amorim
14. Fujitsu Technology Solutions
15. Siemens
16. TAP – Transportes Aéreos Portugueses
17. The Navigator Company
18. Bosch
19. Critical Software
20. EDP

Os sectores mais atrativos para trabalhar em Portugal são IT e consultoria, saúde e turismo, acomodação e lazer. Em relação às empresas mais atrativas para trabalhar por setor, os resultados foram os seguintes:

setor automóvel
1- Grupo Salvador Caetano
2 – Volkswagen autoeuropa
3 – Peugeot Citröen

setor aviação
1 ANA – Aeroportos de Portugal
2 OGMA – indústria aeronáutica de Portugal
3 TAP – Transportes Aéreos Portugueses
setor da banca
1 – Banco de Portugal
2 – Caixa Geral de Depósitos
3 – Santander
setor construção
1 – Afavias – engenharia e construções
2 – Conduril – Engenharia
3 – Casais – engenharia e construção
setor consultoria
1 – PWC
2 – Deloitte
3 – Fujitsu Technology Solutions
setor distribuição
1 – Lidl
2 – Jerónimo Martins
3 – Modelo Continente
setor da energia
1 – EDP
2 – EFACEC
3 – Galp
setor FMCG e indústria alimentar
1 – Delta Cafés
2 – Nestlé
3 – Sumol+Compal
setor da indústria
1 – Corticeira Amorim
2 – The Navigator Company
3 – Bosch
setor da indústria têxtil e do calçado

1 – Grupo MoreTextile (Home concept)
2 – Gabor Portugal – indústria de calçado
3 – Ecco
setor de media
1 – RTP – Rádio e Televisão de Portugal
2 – Media Capital
3 – Cofina
setor de restaurantes e catering
1 – Grupo Trivalor
2 – Uniself – sociedade de restaurantes
3 – Grupo Ibersol
setor do retalho
1 – Ikea Portugal
2 – Fnac
3 – Decathlon
setor da saúde
1 – Nephrocare
2 – Hospital da Luz
3 – Hovione
setor dos serviços
1 – Volkswagen Group Services
2 – Grupo BenSaude
3 – Sonae
setor dos seguros
1 – Tranquilidade
2 – Fidelidade – companhia de seguros
3 – Generali
setor de tecnologias de informação
1 – Nokia
2 – Farfetch
3 – Siemens
setor de telecomunicações
1 – Vodafone
2 – MEO
3 – NOS
setor dos transportes
1 – Patinter – Portuguesa de automóveis transportadores
2 – DHL
3 – Luís Simões
setor do turismo, acomodação e lazer
1 – Pestana Hotel Group
2 – Hotéis Real
3 – Vila Galé

A Microsoft é a primeira empresa a fazer parte do hall of fame do Randstad Employer Brand Research Portugal. O facto de ter sido vencedora do estudo vários anos, leva a que seja reconhecida como uma melhor prática, assumindo um lugar de destaque e de caso de estudo de employer brand.

“O employer brand é uma estratégia a médio e longo prazo, uma empresa que é distinguida em primeiro lugar três vezes revela que tem no seu ADN uma proposta de valor e os colaboradores como centro de decisão. Queremos assim dar os parabéns à Microsoft por esta distinção e esperamos que mais empresas se possam juntar a este reconhecimento no futuro” afirma Inês Veloso, diretora de marketing e comunicação da Randstad Portugal.

No mês em que se assinala o Dia do Trabalhador, a Randstad vai avançar com um conjunto de iniciativas relacionadas com o tema do employer brand.
A ação além de dar a conhecer os resultados do Randstad Employer Brand Research (REBR) 2021, coloca em palco os verdadeiros protagonistas do employer brand por sector (detalhe em na agenda em anexo ou no link www.randstad.pt/employer-branding/).

Reconhecendo que são grandes as mudanças no mundo do trabalho, o mês de maio vai ter mesas redondas por sector de atividade, com transmissões diárias e com a presença dos principais protagonistas, conversas sobre employer brand conduzidas pelo apresentador Bento Rodrigues. No total, estarão representadas 39 empresas de 17 setores diferentes.

Em destaque ainda no mês de maio, mais propriamente no arranque da iniciativa, dia 3, José Miguel Leonardo, CEO da Randstad Portugal, fará uma análise transversal à gestão de pessoas e às principais tendências do mundo do trabalho, como também uma abordagem a temas como a flexibilidade, se Portugal continua a ser ou não um país atrativo para empresas e para trabalhar, entre outros temas.

Dia 5, a Microsoft, a primeira empresa a entrar para o quadro de honra do Employer Brand estará em destaque e dará a conhecer as suas práticas.

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