Médicos dizem que estão a perder tempo com atestados para a carta de condução

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 20-07-2017

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) criticou hoje o atraso na criação dos Centros de Avaliação Médica e Psicológica, considerando que os utentes dos serviços de saúde estão a ser prejudicados no atendimento.

PUBLICIDADE

carta-conducao

Num comunicado enviado à agência Lusa, a SRCOM exige que “o Ministério da Saúde cumpra a sua promessa de criação dos Centros de Avaliação Médica e Psicológica” (CAMP), destinados especificamente para avaliar os candidatos a condutores e gerir a emissão de atestados médicos para cartas de condução.

PUBLICIDADE

Os utentes dos serviços de saúde, sublinha a Ordem dos Médicos do Centro, estão a “ser prejudicados no atendimento, devido à burocracia e ao tempo necessário para os médicos de família emitirem eletronicamente os atestados necessários para a carta de condução”.

“É inadmissível que o Ministério da Saúde continue a adiar o cumprimento da sua promessa e a prejudicar os utentes”, criticou o presidente da SRCOM, citado no comunicado.

PUBLICIDADE

publicidade

Para o dirigente, é “urgente que a tutela deixe de sobrecarregar o atendimento nos cuidados de saúde primários, que já sentem, no seu dia-a-dia, inúmeras dificuldades na gestão dos tempos de atendimento dos utentes”.

Segundo Carlos Cortes, “entre seis a nove utentes saem prejudicados e sem atendimento médico”, devido ao tempo que os profissionais gastam na aplicação informática para a emissão de atestados médicos para cartas de condução.

A 15 de maio, passou a ser obrigatória a emissão eletrónica de todos os atestados médicos para a carta de condução, recorda a nota da Ordem dos Médicos do Centro.

A 13 de julho, a SRCOM divulgou as conclusões de um questionário, ao qual responderam 506 médicos, que registava que 96% dos médicos de família não tinham os meios necessários para a emissão do atestado para carta de condução por via eletrónica.

Na altura, Carlos Cortes defendeu que os responsáveis do Ministério da Saúde deveriam suspender este novo modelo de emissão por via eletrónica até à criação dos Centros de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP), que “foram prometidos e nunca foram criados”.

A agência Lusa tentou obter, sem sucesso, um esclarecimento por parte da Direção-Geral da Saúde

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE