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Política

Marques Mendes diz que não quer ser Presidente da República

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 01-09-2022

O antigo líder do PSD Luís Marques Mendes assegurou hoje não ter ambição de se candidatar à Presidência da República ou a outro cargo político, e defendeu que o PSD tem “grande oportunidade” de vencer as europeias e legislativas.

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Numa longa ‘aula’ perante os alunos da 18.ª edição da Universidade de Verão do PSD, Marques Mendes fez também uma previsão quanto ao pacote de medidas de apoios sociais que o Governo deverá aprovar na próxima segunda-feira em Conselho de Ministros.

“Vai ser um pacote muito robusto, um pacote tanto quanto sei impactante, com muita despesa pública. Não conheço as medidas, pode até ultrapassar a proposta já de si ousada e robusta de Luís Montenegro. O pacote do Governo pode ser um pacotão”, anteviu.

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Marques Mendes foi desafiado pelo diretor da Universidade de Verão, o antigo eurodeputado Carlos Coelho, a fazer uma antevisão do ciclo eleitoral que começa com eleições europeias em 2024, continua em 2025 com autárquicas e termina em 2026 com legislativas e presidenciais.

Sobre Belém, o antigo presidente do PSD entre 2005 e 2007 considerou ser “muitíssimo cedo” para fazer previsões, mas salientou que os quatro chefes de Estado civis eleitos até hoje foram antes líderes partidários.

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Na fase das perguntas dos alunos, Mendes foi desafiado a concretizar se irá seguir o percurso do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e depois de ser líder do PSD e comentador televisivo protagonizar uma candidatura a Belém, ou quem veria nesse lugar no centro-direita.

“Repetindo pela enésima vez – embora alguns achem que isto não é genuíno, mas é -: não está nas minhas ambições, nos meus propósitos, nos meus objetivos de futuro qualquer candidatura seja essa seja a outro cargo qualquer”, afirmou, sem apontar nomes possíveis a esse cargo.

O antigo líder social-democrata procurou também contestar semelhanças com o atual Presidente da República, dizendo que este foi muito superior quer no comentário político – “foi o papa do comentário” – quer do ponto de vista político.

“A única grande semelhança que há entre nós é que nos une uma grande amizade”, disse.

Quanto ao restante ciclo eleitoral, Marques Mendes defendeu que a “grande ambição do PSD” deve ser “primeiro ganhar as eleições europeias”, salientando que seria a primeira vitória eleitoral do partido em nove anos.

“Segundo, tentar ganhar ou ter o maior resultado possível em autárquicas e, sobretudo, tentar voltar ao Governo em eleições legislativas”, apontou.

Sobre estas últimas, que se deverão realizar após as presidenciais, Marques Mendes considerou que o PSD “pode ter uma grande oportunidade” de as vencer, antevendo que o opositor do lado do PS já não será o atual primeiro-ministro, apontando algumas dificuldades nos próximos anos para António Costa.

“Toda a gente sabe que o primeiro-ministro adoraria ter um cargo europeu – e se não tivesse havido eleições antecipadas provavelmente não disputaria legislativas em 2024 para tentar um cargo europeu -, isto pode introduzir uma frustração pessoal e política enorme no atual primeiro-ministro”, advertiu.

Para Mendes, “vai ser um drama ter um primeiro-ministro frustrado, desiludido, maldisposto, não feliz da vida”.

“É um primeiro-ministro que não tem toda a capacidade para a direção do Governo”, apontou.

Ao longo de mais de hora e meia, Marques Mendes defendeu que o país e os políticos devem ter mais ambição nos seus objetivos, não temer as reformas estruturais e fazer “o que é importante e não apenas o que é urgente”.

“A vida política é dinâmica, é mais como um filme do que uma fotografia. A demissão da ministra da Saúde é um excelente exemplo de como a política tem ciclos, altos e baixos. O poder é a coisa mais efémera do mundo, convém que as pessoas mantenham a coerência e humildade”, desafiou.

A 18.ª edição da Universidade de Verão do PSD, iniciativa de formação política de jovens que se realiza desde 2003 (com dois anos de paragem em 2020 e 2021 devido à pandemia de covid-19), decorre em Castelo de Vide (Portalegre) desde segunda-feira e até domingo, com o encerramento a cargo do presidente do partido, Luís Montenegro.

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