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Marcelo usa sempre máscara e acena em vez de dar abraços

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 04-05-2020

O Presidente da República afirmou hoje que agora usa sempre máscara quando sai à rua, exceto no carro, e considerou que “há uma grande colaboração” com o Governo na atual situação de calamidade.

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Presidente da República com produtores de Queijo da Serra da Estrela. Foto de arquivo NDC.

Usando uma máscara cirúrgica, Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no Chiado, em Lisboa, onde hoje se deslocou, para comprar livros, simbolicamente, no dia em que as livrarias passaram a poder estar novamente abertas ao público, embora com novas regras, devido à pandemia de covid-19.

Saudado à distância por algumas pessoas, a quem também acenou, o chefe de Estado fez questão de assinalar que decidiu passar a andar sempre de máscara com o fim do estado de emergência, às 23:59 de sábado, e o início da situação de calamidade.

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“Eu agora ando com máscara, mesmo na rua, desde o momento em que começou esta abertura, exceto no carro”, afirmou.

Mais à frente, repetiria a mensagem: “Desde o início, usava máscara para entrar em sítios fechados, e agora decidi, a partir desta altura em que se multiplicam os contactos de rua, passar a usar a máscara também na rua, e as luvas dentro dos sítios onde faço compras e toco nas coisas”.

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A partir de domingo, dia em que começou a vigorar a situação de calamidade, o Governo estabeleceu que “é obrigatório o uso de máscaras ou viseiras para o acesso ou permanência nos espaços e estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, nos serviços e edifícios de atendimento ao público e nos estabelecimentos de ensino e creches pelos funcionários docentes e não docentes e pelos alunos maiores de seis anos” e também “na utilização de transportes coletivos de passageiros”.

Questionado sobre a possibilidade não afastada pelo primeiro-ministro, António Costa, de se ter de dar “um passo atrás” no processo de desconfinamento, o Presidente da República também não a excluiu.

“O ideal era que nós fossemos dando os passos, estamos a trabalhar nisso. E há uma grande colaboração. O Governo é que lidera o processo, mas o Presidente da República também colabora nisso, e os partidos colaboram nisso. E a ideia é evitar recuos – mas se tiver de ser, tem de ser”, considerou.

Quanto ao seu papel nesta nova fase, depois de ter decretado o estado de emergência por três períodos de 15 dias, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que “a resolução do Governo avança para o estado de calamidade, mas depois há muitas matérias que têm de ir à Assembleia da República ou já tiveram de vir ao Presidente”.

Sobre a reabertura de estabelecimentos e atividades, o chefe de Estado reiterou que “o ideal era dar os pequenos passos sem haver recuos”, mas salientou que “só se vai ver o efeito das aberturas de maio em junho”.

“Portanto, demora duas, três semanas até se ter a noção. E a primeira grande abertura é a partir de 18, portanto, só no final de maio, princípios de junho é que se tem a noção dos números”, referiu.

O Presidente da República adiantou que “depois há outro momento de abertura, que é no 01 de junho, em que quem está no teletrabalho vai trabalhar”.

“Temos de fazer isso tudo de uma forma a conseguir o que conseguimos até agora, que é não stressar o sistema de saúde e ter sucesso como temos ido”, defendeu.

A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China, já causou a morte de 1.063 pessoas em Portugal, num total de 25.524 confirmadas como infetadas, de acordo com a DGS.

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