Manuel Machado quer ver o mundo a apostar na medicina de proximidade

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 19-04-2018

O presidente da CMC, o primeiro orador da sessão de abertura da reunião regional da Cimeira Mundial da Saúde, que decorre até amanhã no Convento São Francisco,  afirmou que “é para Coimbra – Cidade da Saúde – uma honra receber a Cimeira Mundial da Saúde, um forum prestigiado onde se apresentam e debatem as questões urgentes que se colocam à sociedade contemporânea”.

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Na sua intervenção Manuel Machado destacou a evolução da medicina, sobretudo no último século, considerando que a saúde é “uma das principais conquistas do desenvolvimento e do progresso”. Mas salientou que os sistemas “não podem permanecer imutáveis apesar de todos as mudanças que a sociedade registou, nomeadamente ao nível do aumento da esperança de vida”.

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O autarca considera que “os sistemas de saúde tenderão a ser cada vez menos hospitalocêntricos e cada vez mais centrados na proximidade,  alicerçados na promoção da saúde antes do tratamento da doença, apostando cada vez mais na literacia em saúde, nomeadamente através da difusão de programas de educação para a saúde”.

“Em todo o mundo, e desde logo em Portugal, deverá ser feita uma clara aposta na medicina de proximidade, garantindo um médico de família para todos os portugueses através do Serviço Nacional de Saúde”, concluiu Manuel Machado, desejando à Cimeira Mundial da Saúde uma “reunião profícua, fértil e inovadora”.

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Veja o vídeo do Directo NDC com a intervenção de Manuel Machado:

Na sessão de abertura participaram ainda o ministro da Saúde – Adalberto Campos Fernandes, o presidente da Cimeira Mundial da Saúde – Detlev Ganten, o Alto Comissário para a Cimeira Mundial da Saúde – José Martins Nunes, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – Fernando Regateiro, o Reitor da Universidade de Coimbra – João Gabriel Silva, e duas médicas especialistas que participam no programa Young Physician Leaders –  Sofia Morais e Cláudia Duarte Silva.

Cerca de 700 peritos estão a debatera saúde global dos países africanos, o tema central desta reunião regional da Cimeira Mundial da Saúde.

As carências na saúde maternoinfantil, em que ainda há alta mortalidade, e o combate à malária são alguns dos campos em que os especialistas vão tentar avançar.

Portugal está representado desde outubro de 2015 na Aliança M8, considerada o G-8 da saúde, com o consórcio CHUC/UC, sendo uma das cinco academias da União Europeia com presença neste organismo.

A Aliança M8 tem como missão principal a melhoria da saúde a nível global. Promove a investigação translacional, bem como a inovação na abordagem da prestação de cuidados, almejando o desenvolvimento de sistemas de saúde eficazes na prevenção da doença.

Durante a reunião em Coimbra estão a ser apresentadas comunicações por cerca de 120 oradores de mais de 40 países, distribuídos por mais de 20 sessões de trabalho e quatro sessões plenárias, que vão abordar temas como a mortalidade infantil, cuidados de saúde após conflitos armados, doenças infecciosas, alterações climáticas, medicina digital, reversão da disseminação da malária, migração e saúde e acesso a vacinas.

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