Câmaras

Manuel Machado quer ver municípios a criarem “riqueza socialmente útil”

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 18-05-2014

O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Manuel Machado, defende que o poder local vai entrar num novo ciclo, o da criação de “riqueza socialmente útil”, tarefa que exige cooperação intermunicipal.

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“Resolvido – e de modo relevante – o ciclo das infraestruturas, a missão das câmaras municipais é, hoje, o desenvolvimento económico”, sustenta Manuel Machado, que falava à agência Lusa a propósito do 30.º aniversário da ANMP, que vai ser assinalado na terça-feira, em Coimbra e na Figueira da Foz, cidades onde, respetivamente, a Associação está sediada e onde realizou o seu congresso constitutivo.

“Hoje, a missão das câmaras é combater o desemprego e promover o emprego, apoiar empresas e atrair investimentos, é criar riqueza socialmente útil”, afirma Manuel Machado, assegurando que esta é “uma preocupação nova, partilhada pela generalidade dos municípios”.

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A ANMP tem sido uma entidade “agregadora dos municípios” e é “fulcral a sua capacidade” de associar as autarquias para “assumirem a construção de posições conjuntas e de fazer coisas, num espírito de entreajuda”, considera Manuel Machado, sublinhando que os concelhos “não são ilhas isoladas”.

A Associação “não é um sindicato de presidentes de câmara nem a tutela dos municípios”, salienta o autarca, que também preside à Câmara de Coimbra, adiantando que as comemorações dos 30 anos da entidade que lidera pretendem afirmar a ANMP como “a casa comum do poder local, que é”.

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“Nestes 30 anos, os municípios deram um importante contributo para o desenvolvimento do país e para a consolidação da democracia”, durante os quais “as câmaras estiveram ao serviço das populações que representam”, tendo a ANMP dado um relevante “contributo para a afirmação do poder local”, advoga Manuel Machado.

Nas comemorações do 30.º aniversário, a Associação quer, de “forma simbólica”, deixar claro que “é importante que as instituições tenham memória” e que faz todo o sentido “assinalar isso”, designadamente através da homenagem a pessoas que, de algum modo, contribuíram ou referenciam esse trajeto.

As comemorações dos 30 anos da ANMP têm início, na terça-feira, às 10:00, na sede da Associação, em Coimbra, na Avenida Marnoco e Sousa (Penedo da Saudade), com o descerramento de uma placa evocativa da efeméride.

Após aquela sessão, realizar-se-á um desfile etnográfico (em que estarão representadas associações de diversos concelhos de todo o país), que terminará na Praça 8 de Maio, junto à Câmara de Coimbra e Mosteiro de Santa Cruz/Panteão Nacional, onde, no túmulo de D. Afonso Henriques, será depositada uma coroa de flores.

Na Figueira da Foz, as celebrações têm início às 12:00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com uma reunião do Conselho Diretivo da ANMP “evocativa dos 30 anos” da Associação.

Após uma homenagem aos anteriores presidentes, secretários-gerais e todos os funcionários da ANMP, será descerrada, pelas 13:00, uma placa evocativa dos 30 anos da Associação junto aos Paços do Concelho da Figueira da Foz, cidade onde foi fundada, em 20 de maio de 1984, e constituída por escritura pública, em fevereiro do ano seguinte, também nesta cidade.

A ANMP tem como “fim geral a promoção, defesa, dignificação e representação do poder local” e teve como primeiro presidente o social-democrata Torres Pereira, então presidente da Câmara de Sousel, sucedendo-lhe o socialista Mário de Almeida (Vila do Conde) e o social-democrata Fernando Ruas (Viseu), que, na sequência das últimas eleições, abandonou o cargo, para o qual foi eleito o socialista Manuel Machado.

 

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