Coimbra

Luís Parreirão alerta para risco de acordarmos em sobressalto

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 28-09-2020

O ex-governante Luís Parreirão, em artigo de opinião acabado de publicar, alerta para o risco de “um acordar sobressaltado” por ocasião da eleição presidencial a efectuar no começo de 2021.

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“Se passarmos os próximos três meses entre faits-divers, ajustes de contas e a discussão de questões sanitárias, poderemos – os democratas – ter um acordar sobressaltado numa qualquer segunda-feira do próximo mês de Janeiro”, adverte o jurista e gestor, que escreve regularmente em “O Figueirense”.

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Para o ex-secretário de Estado, estando nós a pouco mais de três meses de eleições presidenciais, “talvez fosse de exigir um pouco mais, tendo em vista a própria defesa do regime democrático”.

“O que se impõe, do que todos precisamos, não é que nos falem do presente; antes se impõe, tendo em vista a violenta e inédita crise actual, que nos falem de futuro”, opina o antigo presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC).

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De acordo com o articulista, se os candidatos a PR passarem os próximos três meses a falar-nos da pandemia, “das futebolísticas candidaturas, de processos judiciais que não comentam e não de uma Justiça que não se reforma, dos bancos que faliram sem clientes incumpridores conhecidos”, estarão a contribuir largamente para uma violenta abstenção que, de tão violenta, pode começar a alimentar um discurso deslegitimador.

Para Luís Parreirão, “não basta esperar que o investimento tenha como consequência a melhoria do nível de vida; é necessário conduzi-lo para que a pobreza e a exclusão não sejam uma fatalidade para enormes bolsas de europeus que o ‘progresso’ marginalizou”.

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