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Política

Luís Montenegro reuniu-se com Von der Leyen e admite fazê-lo como primeiro-ministro antes de 2026

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 23-03-2023

 O líder do PSD reuniu-se hoje em Bruxelas com a presidente da Comissão Europeia e, à saída, admitiu a possibilidade de voltar a fazê-lo como primeiro-ministro ainda durante o atual mandato de Von der Leyen, que termina em 2024.

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Em declarações à Lusa à saída da reunião bilateral com a presidente do executivo comunitário, à margem de uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE) a anteceder um Conselho Europeu, Luís Montenegro, questionado sobre se acredita na eventualidade de ainda voltar a reunir-se com a dirigente alemã já na condição de primeiro-ministro, respondeu que não depende apenas de si, mas assegurou que está “preparado para ser primeiro-ministro” e apontou que se tal acontecer antes de 2026, ou seja, como resultado de eleições antecipadas, isso deve-se “única e exclusivamente ao falhando do PS e da sua maioria absoluta”.

“Eu não sei. Nós teremos eleições legislativas em 2026 e, nessa circunstância, teremos de aguardar o pós-eleições europeias de 2024 e ver como ficam as instituições europeias. Eventualmente, isso pode vir a suceder se houver uma recondução da senhora presidente da Comissão, e o PSD, como espero, vencer e convencer nas eleições legislativas de 2016, obtendo uma maioria que lhe permita governar com estabilidade política”, começou por dizer.

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Montenegro admitiu então que “se eventualmente houver um calendário diferente, isso ficar-se-á a dever única e exclusivamente ao falhanço do PS e da sua maioria absoluta”, sublinhando que “o facto de a questão se colocar já diz muito sobre a situação política portuguesa”.

“Também partilhei isso com os meus colegas [do PPE], porque às vezes o olhar de fora para Portugal é um bocadinho diferente daquele que nós temos, por vivenciar a rotina e o quotidiano da nossa vida política e da nossa vida social e económica”, disse.

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Segundo o presidente do PSD, “efetivamente, é um pouco estranho que um ano depois de um partido político ter obtido uma maioria absoluta numas eleições legislativas, o seu apoio esteja tão frágil”, observando que, “não sendo isso o mais importante, em todos os estudos de opinião o PSD tem um resultado equivalente ao do PS e há até alguns onde já aparece à frente”.

“E estou a falar um ano depois da obtenção de uma maioria absoluta. O facto de se antever a possibilidade de um Governo que tem suporte parlamentar de maioria absoluta não chegar ao fim significa que a governação está a falhar, e está a falhar efetivamente. Está a falhar desde logo porque se perdeu um ano, como disse o senhor Presidente da República recentemente e nós vimos afirmando muitas vezes. Perdeu-se um ano com casos, com casinhos, com uma série de perturbações e confusões que nasceram de dentro do Governo, que puseram ministros contra ministros, ministros contra secretários de Estado e até ministros contra o primeiro-ministro”, declarou.

“A questão que me coloca é uma questão que não depende de mim. No que depende de mim, há uma coisa que eu posso assegurar: o PSD, no dia em que houver eleições, está preparado para as disputar e para as vencer. E eu estou preparado para ser primeiro-ministro”, concluiu.

Montenegro participou hoje na tradicional reunião do PPE que antecede as cimeiras europeias, que contou com sete dos chefes de Estado e de Governo que participam no Conselho Europeu, outros tantos líderes partidários e da oposição, e as presidentes da Comissão, Von der Leyen, e do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, que também pertencem a esta família política de centro-direita, vencedora das eleições europeias de 2019.

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