Luís Lagos deixa distrital de Coimbra do CDS para assumir defesa das vítimas dos incêndios

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 25-10-2017

O empresário de Oliveira do Hospital Luís Lagos confirmou hoje ter renunciado à liderança do CDS/PP no distrito de Coimbra para poder dedicar-se à intervenção cívica na Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal (AVMISP).

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Luís Lagos

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Luís Lagos disse à agência Lusa que suspendeu também a sua militância no partido de Assunção Cristas, presidente do CDS/PP, que visitou hoje os Bombeiros e algumas empresas de Oliveira do Hospital destruídas pelos incêndios do dia 15.

“Entreguei o cargo ao partido, para o partido decidir”, realizando eleições antecipadas na Comissão Política Distrital ou confiando a presidência ao vice-presidente, Luís Providência, antigo vereador da Câmara de Coimbra, adiantou.

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Luís Lagos informou, no entanto, que na sexta-feira tomará posse com um dos dois eleitos – o outro é o jovem Rafael Dias – de uma coligação do CDS/PP com o MPT e o PPM na Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital.

“Aquilo que se passou na região, uma catástrofe total que afetou este e outros concelhos”, levou o empresário e autarca a assumir, no sábado, as funções de porta-voz da AVMISP.

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Luís Lagos contou que perdeu uma empresa da família, no dia 15, e teve de combater as chamas que ameaçaram a sua habitação, o que o impeliu a juntar-se a outros empresários e cidadãos diversos da região, para intervirem de “uma forma completamente apartidária” através da Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal.

“Estes incêndios mataram dezenas de concidadãos, destruíram mais de mil casas de primeira habitação, afetaram largas centenas de postos de trabalho nos vários setores de atividade, destruindo ainda centenas de hectares de olivais, vinhas, culturas agrícolas e dezenas de milhares de animais em explorações pecuárias”, segundo uma nota que a associação enviou à Lusa, na sexta-feira.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

 

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