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Luís Antunes quer saber onde para o comboio para a Lousã

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 08-04-2014

O presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, solicitou hoje ao Governo uma resposta “séria e objetiva” sobre a conclusão do projeto Metro Mondego e a necessária candidatura a fundos comunitários para a sua execução, informou hoje aquela autarquia.

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Num ofício enviado hoje ao secretário de Estado dos Transportes, a que agência Lusa teve acesso, o autarca afirma que o projeto é omisso no relatório final do Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (GTIEVA), embora manifeste “a esperança de poder estar incluído no item ‘Mobilidade Urbana'”.

“O GTIEVA, criado pelo Governo, ainda que, no nosso entendimento, de forma subvalorizada, nomeadamente quanto à maturidade do projeto, sustentabilidade económica e ambiental, identificou o mesmo como um dos projetos com maior pertinência no que diz respeito aos investimentos na ferrovia e que estaria em condições de usufruir de apoios comunitários”, lê-se na missiva.

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Segundo Luís Antunes, a eventual não inclusão no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas – facto que não aceitam – significará (…) “o incumprimento da palavra dada pelo Governo aos autarcas e à Sociedade Metro Mondego e, consequentemente, a toda a região que, desde 2009, se vê privada deste meio de transporte”.

O presidente do município da Lousã recordou ainda que “foram já investidos mais de 100 milhões de euros que se encontram ao abandono e que, caso a obra não avance, serão desbaratados”.

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A execução do projeto, inserido no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), contempla a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo “tram-train” – com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais – na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã, onde as obras foram iniciadas mas estão interrompidas.

O Ramal da Lousã foi desativado há quase quatro anos, estando concluída, no âmbito do projeto, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego (MM), que foram interrompidas há cerca de dois anos após um investimento de cerca de 140 milhões de euros.

A conclusão do projeto não foi incluída na lista dos 30 investimentos prioritários proposta pelo GTIEVA, que, no relatório, apontou a necessidade de se “estudar, de forma racional e objetiva, outras soluções, que permitam reduzir significativamente o volume de investimento e custos de funcionamento e que ofereçam resposta adequada às necessidades de mobilidade das populações e melhor enquadrada no volume de procura”.

O presidente Câmara de Coimbra, Manuel Machado, disse à agência Lusa que não comenta o assunto por desconhecer o documento.

O município de Miranda do Corvo informou que também escreveu ao secretário de Estado dos Transportes solicitando uma audiência com caráter de urgência em que salienta que se encontram concluídas várias fases da obra e que, caso não avancem, “todo este trabalho e investimento de décadas será desperdiçado”.

A Lusa tentou obter um comentário do porta-voz do Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis, Jaime Ramos, mas até ao final do dia esteve incontactável.

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