Lousã pelo Ramal não quer viajar nos “autocarros elétricos”

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 02-06-2017

O porta-voz do movimento Lousã pelo Ramal, Pedro Curvelo, criticou hoje a solução que o Governo defende para a mobilidade entre esta vila e a cidade de Coimbra.

PUBLICIDADE

ramal da lousã

“Ao contrário do que é dito no estudo, nós não queremos atravessar a cidade de comboio”, disse o ativista.

PUBLICIDADE

Pedro Curvelo, antigo vereador do PSD na Câmara Municipal da Lousã, que esteve na fundação do Lousã pelo Ramal, em 2014, recordou que os utentes da linha ferroviária, que agora se deslocam nos transportes rodoviários alternativos, entre Lousã, Miranda do Corvo e a capital do distrito, terminavam as viagens na estação de Coimbra Parque e “não chegavam a atravessar a cidade” de comboio a caminho dos seus destinos.

O movimento, que reúne cidadãos de diferentes quadrantes ideológicos, defende a reposição da ligação ferroviária, encerrada há mais de sete anos para obras que visavam a instalação do troço suburbano do metro, depois abandonadas por razões financeiras.

PUBLICIDADE

publicidade

“O sistema de guiamento automático no canal” onde o comboio circulou, desde 1906, “tem custos exorbitantes”, devido especialmente aos túneis e pontes, nos concelhos da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra, disse Pedro Curvelo, engenheiro civil e antigo atleta olímpico.

O investimento de 89,3 milhões de euros no denominado “sistema metrobus”, a candidatar a fundos europeus, inclui a infraestrutura e um total de 43 autocarros elétricos, sendo 30 de 55 lugares sentados, para o troço suburbano da rede, entre Serpins e Coimbra, e 13 articulados de 130 lugares sentados e em pé, para a área urbana da capital do distrito.

Duas a três dezenas de pessoas contestaram hoje, na Lousã e em Miranda do Corvo, a opção pelos autocarros elétricos no Ramal da Lousã e exigiram a “imediata reposição” de um serviço público que, em 2009, era assegurado por antigas automotoras.

As duas concentrações foram apoiadas pelo movimento Lousã pelo Ramal e pelo Movimento de Defesa do Ramal da Lousã (MDRL), além dos principais dinamizadores de uma petição com mais de 8.000 assinaturas, promovida pelo jornal Trevim, da Lousã, que foi entregue na Assembleia da República em março de 2016.
Veja mais declarações de outros lousanenses em directo no Notícias de Coimbra:

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE