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O executivo da Câmara Municipal (CM) de Coimbra vai analisar e votar, na sua reunião de segunda-feira, uma proposta de reconhecimento da Livraria Bertrand, situada no Largo da Portagem, na Baixa de Coimbra, como entidade de interesse histórico e cultural ou social local, mais especificamente como “Loja Com História”. O executivo municipal já tinha aprovado, na sua reunião de 27 de abril, a intenção de candidatura da Livraria Bertrand, tendo a decisão sido submetida a um período de consulta pública de 20 dias. Esse período terminou sem que desse entrada na CM Coimbra qualquer sugestão ou participação pública sobre o processo.
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A Livraria Bertrand funciona há cerca de 50 anos em Coimbra. Foi fundada no Largo da Portagem, em 1970, localizando-se numa área de influência de uma das maiores comunidades de estudantes de Portugal, a Universidade de Coimbra. Sempre foi um espaço de referência nesta zona da cidade e serve uma população de aproximadamente 25 mil estudantes, famílias e outros frequentadores, sendo considerada uma loja de excelência, o que traduz a sua relevância sociocultural, histórica e patrimonial nessa zona nobre da cidade.
A Livraria Bertrand do Largo da Portagem foi lugar de inúmeros encontros de artistas, jornalistas e nomes ligados à cidade, como por exemplo Miguel Torga. É uma livraria de referência da cidade há já 50 anos, altura em que entraram novos autores para o seu catálogo, tais como Augusto Abeleira, Fernanda Botelho, José-Augusto França, Irene Lisboa, Agustina Bessa-Luís, Vitorino Nemésio ou Urbano Tavares Rodrigues. É, ainda, um local de referência no abastecimento de livros escolares e livros técnicos.
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A Bertrand é uma livraria e uma editora com quase três séculos de história. A primeira livraria nasceu em Lisboa, em 1732, e é considerada a mais antiga do mundo em funcionamento, sendo que este grupo editorial e livreiro é também considerado o mais antigo de Portugal.
Com a conclusão deste processo, já foram reconhecidas 14 repúblicas de estudantes e duas “Loja com História”.
Recorde-se que a CM Coimbra aprovou, na reunião do executivo municipal de 5 de março de 2018, uma ficha de candidatura para a instrução de processos de reconhecimento e proteção de estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social local, de forma a auxiliar os estabelecimentos ou entidades que pretendessem ver efetivado esse reconhecimento. O objetivo passa, pois, por simplificar o procedimento, para que os estabelecimentos que se enquadrem nas categorias previstas na lei, entre eles as repúblicas de estudantes de Coimbra e as lojas com história, possam desencadear, com maior celeridade e simplicidade, o seu processo de pedido de reconhecimento como entidade de interesse histórico e cultural ou social local.
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