Saúde

Linhagem da Ómicron “claramente dominante” e responsável por mais de 70% das infeções

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 08-03-2022

A linhagem BA.2 da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, considerada mais transmissível, é “claramente dominante” em Portugal e já representa 76,2% das infeções, anunciou hoje o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

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“Estima-se que a linhagem BA.2 já seja claramente dominante em Portugal, representando 76,2% das amostras positivas ao dia 7 de março”, adianta o relatório do INSA sobre a diversidade genética do coronavírus que provoca a doença covid-19.

Segundo o INSA, esta linhagem foi detetada pela primeira vez em Portugal nas amostragens aleatórias por sequenciação na semana entre 27 de dezembro de 2021 e 2 de janeiro e, desde então, a sua “frequência tem aumentado paulatinamente”.

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A variante Ómicron, classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como de preocupação, engloba várias linhagens identificadas pelo prefixo `BA´, entre as quais a BA.1 e a BA.2, que descendem da mesma linhagem ancestral (B.1.1.529) e apresentam um “excesso” de mutações na proteína `spike´, muitas das quais partilhadas.

De acordo com os dados de sequenciação, a linhagem BA.1 atingiu uma prevalência máxima de 95,6% na semana de 10 a 16 de janeiro, altura em que iniciou uma tendência decrescente, com o INSA a estimar que na segunda-feira seja responsável apenas por 23,8% das infeções.

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Recentemente, a OMS avançou que “estudos preliminares sugerem que a BA.2 parece ser mais transmissível do que a BA.1”, mas a organização salienta que os dados do `mundo real´ sobre a gravidade clínica na África do Sul, Reino Unido e Dinamarca, onde a imunidade da vacinação e de infeção natural é alta, indicam que “não houve diferença relatada na gravidade entre BA.2 e BA.1”.

“A reinfecção com a BA.2, após a infeção pela BA.1 foi documentada, mas dados iniciais de estudos de nível populacional sugerem que a infeção com a BA.1 fornece forte proteção contra reinfecção com BA.2”, indicou ainda a OMS.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm sido analisadas uma média de 523 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 139 concelhos por semana.

A covid-19 provocou pelo menos 5.996.378 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado na segunda-feira.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 21.248 pessoas e foram contabilizados 3.352.874 casos de infeção, segundo dados de hoje da Direção-Geral da Saúde.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

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