Somos Coimbra não entra no “comboio” da Lousã e Miranda do Corvo

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 01-06-2017

O movimento Somos Coimbra, criado no âmbito da candidatura do antigo bastonário dos médicos à Câmara da cidade, José Manuel Silva, defende a separação da mobilidade em Coimbra da acessibilidade a Lousã e Miranda do Corvo.

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JOSÉ MANUEL SILVA

Miranda do Corvo e Lousã “têm direito às suas acessibilidades”, mas “a mobilidade no interior da cidade de Coimbra não pode” estar “refém das acessibilidades” das povoações daqueles dois municípios, “por muita simpatia que Coimbra tenha com os seus vizinhos”, afirma o Somos Coimbra.

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“Coimbra tem de ter um sistema de transportes adequado a cidades da sua dimensão e projetado para as próximas décadas”, sustenta o movimento, referindo que o designado Metro Mondego “está pensado, acima de tudo, para responder às necessidades de povoações vizinhas e não às necessidades de Coimbra”.

A mobilidade em Coimbra “tem de ser separada da acessibilidade a Lousã e Miranda do Corvo”, sublinha.

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O Tribunal de Contas numa auditoria à Metro Mondego concluiu que, “em 2005, as câmaras municipais da Lousã e de Miranda do Corvo impediram o prosseguimento do concurso público internacional lançado, em fevereiro de 2005”, por aquela empresa, recorda o Somos Coimbra, considerando que “os responsáveis por 10 anos sem linha [ferroviária] da Lousã, pela ausência do metro em Coimbra e pela agonia da Baixa” da cidade “têm nomes e devem assumir as suas culpas no processo”.

“É hoje claro que foi um erro gravíssimo a ligação do problema do caminho-de-ferro de Miranda do Corvo e Lousã com o sistema de transportes urbanos de Coimbra”, sustenta o movimento, reconhecendo, no entanto, que “os dois sistemas” sejam articulados.

A cidade “foi e continua a ser profundamente prejudicada” e “nunca deveria ter aceitado essa dependência”, advoga.

“Coimbra deve desenvolver, em simultâneo e de imediato, um plano de mobilidade e urbanístico que se adeque aos interesses das pessoas e ao desenvolvimento futuro da cidade”, afirma o movimento.

“O atamancado projeto que o Governo tem atualmente em carteira, feito à pressa por uma entidade sem as melhores competências técnicas e que não foi sujeito a escrutínio público, não serve, pelo menos no seu trajeto urbano”, afirma ainda o Somos Coimbra.

No que respeita à cidade “o projeto [Metro Mondego] entretanto divulgado é uma completa desilusão e uma mera manobra de marketing eleitoral, para fazer crer que há finalmente (mais) uma solução”, diz o movimento.

O Governo tem “a obrigação democrática de fornecer a Coimbra, com a ajuda de fundos europeus, uma solução adequada que satisfaça não só as presentes mas também as futuras necessidades urbanas”, sustenta o movimento Somos Coimbra.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, deverá apresentar na sexta-feira o Sistema de Mobilidade do Mondego, em sessões agendadas para as câmaras municipais de Miranda do Corvo, Lousã e

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