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JOÃO FERNANDO RAMOS COM MARIA CERQUEIRA GOMES NO CASTELO DA LOUSÃ!

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 18-08-2021

João Fernando Ramos, o lousanense que trocou a RTP pelo comando da Media Capital no Porto, deu “dois dedos de conversa”  à apresentadora Maria Cerqueira Gomes no  programa Conta-me da TVI.

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João Ramos nasceu a 27 de abril de 1965 na Lousã. Filho de professores, tem mais três irmãos e uma irmã. Diz ter o feitio do pai, dizendo mesmo que: “deixa-me muito orgulhoso”, comenta. É casado com a mulher, Irene, e é pai de dois filhos, Diogo e João Pedro.

A sua infância foi simples e feliz. Relembra com carinho o seu avô engenheiro, inventor e recorda a sua juventude: “Os mergulhos nesta água transparente e fresca. É uma sensação única… É um luxo viver na Lousã, puder fugir-se ao ‘viver a mil das cidades’, é outra energia, permite desligar-nos, porque também aqui no Burgo não há rede”. Mais tarde, adere ao Rugby da Lousã e chega a treinador. Conta como José Redondo (do Licor Beirão) trouxe o desporto para a Lousã, enquanto jogador da Académica de Coimbra.

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Terminado o 9º ano na Lousã, voa até à cidade dos estudantes: Coimbra – para estudar engenharia eletrónica. Menciona o anonimato que a cidade lhe proporcionava. “Na Lousã toda a gente se conhece, sabiam sempre os passos que dava. Em Coimbra, ninguém sabia quem eu era… Foi aí que me perdi…Com a rádio”. Conhece assim o seu amor na escola Avelar Brotero: “Despertou-me a curiosidade, ouvia com atenção. Mais tarde, comecei a cruzar discos e a passar música nas discotecas. Apaixonava-me construir, talvez fosse o lado do meu avô”, comenta. Após tanto tempo em frente às câmaras, o jornalista confidencia sentir falta da rádio: “Tenho muitas saudades… A rádio permite estares sozinho no estúdio, fica o mistério… É a tua voz e as pessoas imaginam como és. Se quiseres as pessoas não sabem quem és”, desvenda o jornalista.

De Coimbra, ruma à cidade do Porto, para a Rádio Nova. É questionado se o facto de ter vindo de uma vila o condicionou de algum modo. O jornalista responde: “Acho que foi o trunfo [ser da Lousã] obrigou-me a trabalhar mais e a perceber essa dificuldade. Foi o primeiro alerta que me deixaram [os pais]: ‘Vai ser difícil, para não dizer impossível chegares a uma rádio nacional, quanto mais à televisão’… Não me passava minimamente pela cabeça, mas também não me tirava horas de sono”.

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A RTP chega à sua vida através de um convite de Manuel Rocha e ruma ao Porto para integrar a equipa. Foi lá que criou o seu projeto – “Jornal 2” – o seu bebé como o designou. Já na RTP, é convidado a ser correspondente na Guerra do Iraque. “Era preciso render o Carlos Fino, que estava na Palestina e o hotel onde estava sofreu um bombardeamento. O José Rodrigues dos Santos, que era o diretor na altura, olhou para mim e disse que eu era o homem perfeito…”. O jornalista conta que não é fácil ser-se correspondente em cenários bélicos: “As pessoas não fazem noção […] No nosso caso fomos para a Jordânia falar com contrabandistas de tabaco para entrar no Iraque e levaram-nos até Bagdad”, relembra.

Mas passado tanto tempo preso à mesma rotina, desanimou. “Quando surgiu a oportunidade na TVI nem levei um quarto de hora a aceitar. Estive 30 anos na RTP, disse logo para não fazerem uma contraproposta. Chegou a hora de ter outra equipa…”, comenta João Ramos. João Ramos sublinha também a importância da representatibilidade do país: “Este castelo [castelo da Nossa Senhora da Piedade] foi construído com alguma razão. Se não fosse preciso, não tínhamos castelos pelo país todo […] Só nos conseguimos afirmar se tivermos esta proximidade com as pessoas”.

Por último, João Fernando Ramos tem um sonho: “Falta-me construir uma TVI no Porto. Acho que posso ter um modelo diferenciador na informação. Vamos ver o que nos reserva a CNN”.

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