Política

João Cravinho defende que Forças Armadas devem corresponder aos desafios do futuro e não às saudades do passado

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 10-11-2021

 O ministro da Defesa Nacional defendeu hoje que se deve continuar a implementar a reforma da estrutura superior das Forças Armadas, porque a sua organização “deve corresponder aos desafios do futuro e não às saudades do passado”.

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João Gomes Cravinho falava na abertura solene do ano letivo do Instituto da Defesa Nacional (IDN), num momento do discurso no qual destacava algumas “linhas de ação” que considerou que devem “continuar a merecer grande atenção do IDN e do conjunto da Defesa Nacional”.

“Precisamos também de continuar a implementação da reforma da estrutura superior das Forças Armadas de forma a garantir respostas integradas, holísticas e cada vez mais conjuntas, porque a organização das nossas Forças Armadas deve corresponder aos desafios do futuro e não às saudades do passado”, declarou.

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Na opinião do governante, as “novas ameaças multidimensionais, transnacionais e híbridas, e os mecanismos das Forças Armadas na resposta a emergências complexas, como a pandemia, demonstram que não era já sustentável uma organização em que eram ainda visíveis raízes na longínqua guerra colonial”.

As alterações à Lei de Defesa Nacional e à LOBOFA foram aprovadas na Assembleia da República, em votação final global, em 25 de junho, por PS, PSD e CDS-PP, com votos contra de BE, PCP, PEV e Chega e abstenções de PAN e Iniciativa Liberal.

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As leis, promulgadas pelo Presidente da República em agosto, concentram, no essencial, mais poderes e competências na figura do CEMGFA, designadamente em termos de comando operacional conjunto dos três ramos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea), ficando os chefes militares na sua dependência hierárquica.

A reforma, que surge na sequência de tentativas similares por parte de outros Governos, em 2009 e 2014, gerou polémica durante meses, com trocas de acusações entre o ministro da Defesa e representantes de associações socioprofissionais como a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) e do GREI – (Grupo de Reflexão Estratégica Independente).

Esta quarta-feira, pelas 18:00 no Centro Cultural de Belém (CCB), o Grupo de Reflexão Estratégica Independente (GREI), que reúne vários antigos chefes militares, vai apresentar em Lisboa um livro sobre a recente reforma na estrutura superior das Forças Armadas, da qual foram críticos.

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