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Jaime Ramos critica centralismo do Estado e comunicação social

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 21-01-2014

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O antigo deputado social-democrata Jaime Ramos afirmou hoje, em Coimbra, que a comunicação social também é responsável pela situação de crise económica, política e social que Portugal vive.

“O centralismo do Estado é grave, mas o centralismo da comunicação social também”, sustentou o antigo governador civil de Coimbra, que falava, ao final da tarde de hoje, no auditório da reitoria da Universidade de Coimbra (UC), na “sessão cívica em defesa da Constituição, da democracia e do Estado social”, em substituição do antigo presidente da Assembleia da República António Barbosa de Melo, que não esteve presente por razões de saúde.

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Há “promiscuidade entre o poder político, o poder económico e a comunicação social”, disse Jaime Ramos, que é também ex-presidente da Câmara de Miranda do Corvo e atual porta-voz do Movimento Cívico Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis, sustentando que, além disso, o centralismo dos media faz com que não haja notícias sobre o país, à exceção de Lisboa e Porto.

Detendo-se sobre as causas que, em seu entender, explicam a atual crise do país e o “descrédito sobre o Estado de direito”, Jaime Ramos considerou que “a justiça se comporta, por vezes, com a seriedade dos árbitros de futebol”.

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“Não é possível desmantelar a Constituição e o Estado social, sem acabar com a democracia”, disse, por seu turno, o comunista e antigo vereador da Câmara de Coimbra Jorge Gouveia Monteiro, sustentando que “a pátria está amarrada e em risco”.

Para a bloquista Catarina Isabel Martins, que defendeu a demissão do Governo, por entender que este “já perdeu toda a legitimidade”, só Abril “pode ser a medida da Constituição, da democracia e do Estado de direito”.

O antigo deputado do CDS Ferreira Ramos salientou que “a direita social não gosta deste regresso a uma época feudal, com senhores acima da lei”.

O independente José Dias desafiou o presidente da Câmara, o reitor da Universidade, o bispo da diocese e o líder do núcleo empresarial de Coimbra a juntarem-se aos cidadãos para fazerem da cidade e região um espaço de cidadania e de desenvolvimento.

Na sessão, promovida por um grupo de 25 cidadãos e em que participaram cerca de meio milhar de pessoas, também falou o ex-candidato a Presidente da República Manuel Alegre.

O encontro, que decorreu no auditório da reitoria da Universidade de Coimbra, reuniu pessoas de “todos os quadrantes políticos, desde a área da democracia cristã à área comunista”, como sublinhou a organização, referindo, no entanto, que os oradores falavam em nome pessoal.

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