Coimbra

Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolvem novo método para facilitar o diagnóstico de doenças neurodegenerativas

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 20-03-2019

 

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Uma investigação do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) permitiu desenvolver um método mais sofisticado de detetar alterações em proteínas, que poderá facilitar e tornar mais precoce o diagnóstico de doenças neurodegenerativas como a de Parkinson.

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O trabalho, realizado por Sandra Anjo e liderado por Bruno Manadas, foi recentemente publicado na revista científica Redox Biology. O seu principal objetivo foi o desenvolvimento de uma metodologia mais simples, rentável e barata de detetar oxidações em proteínas, alterações que por vezes são irreversíveis e que permitem identificar potenciais biomarcadores da doença de Parkinson. O grupo de investigadores demonstrou que com este método, o oxSWATH (uma combinação de técnicas de espetrometria de massa e modificações específicas de aminoácidos), é possível avaliar de modo mais preciso a oxidação de cisteínas, um dos aminoácidos que compõem as proteínas.

“Procurávamos obter um método mais simples e barato para determinar os estados de oxidação das cisteínas e os níveis/quantidades dos vários estados. Os outros métodos existentes necessitam de reagentes mais dispendiosos, ou utilizam grandes quantidades de proteína, que poderá ser muito preciosa em estudos que envolvam amostras de doentes”, descreve Sandra Anjo, investigadora principal do projeto. “Para além disso, com este método conseguimos obter um registo destas alterações para todas as amostras analisadas e criar um “biobanco digital”, que será muito útil em estudos como os de pesquisa de biomarcadores”, acrescenta a investigadora.

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Para modelo de estudo, o grupo de investigadores utilizou a proteína DJ-1, associada à doença de Parkinson, bastante sensível a desequilíbrios na oxidação nas cisteínas. Esta proteína foi sujeita a condições semelhantes às observadas nesta doença. E verificou-se que o oxSWATH conseguia não só detetar como contabilizar de modo fiável as alterações.

“Futuramente, pretendemos utilizar este método numa população alargada de indivíduos com doenças neurodegenerativas, procurando encontrar potenciais alvos que possam oferecer um maior apoio ao diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas como o Parkinson e o Alzheimer”, aponta Bruno Manadas, investigador e líder do projeto.

Este estudo foi financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

O artigo “oxSWATH: An integrative method for a comprehensive redox-centered analysis combined with a generic differential proteomics screening” pode ser consultado na íntegra em: http://doi.org/10.1016/j.redox.2019.101130.

 

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